
Os índices de mortes violentas, latrocínios (roubo seguido de morte) e o total de roubos na região tiveram queda se comparados os números do biênio 2019/2020 com os anos de 2021 e 2022. A queda nos homicídios foi de 20% em toda a região, mas há situações que destoam da média regional como Ribeirão Pires que viu os assassinatos crescerem 60% no comparativo dos dois períodos.
Em contrapartida, São Caetano teve 57% menos mortes violentas, segundo os números da Secretaria de Segurança Pública. Já Diadema fez um levantamento com base nos números oficiais que aponta a queda dos índices em oito quesitos, o principal deles é o da letalidade policial que registrou queda de 76,92%, também considerada a comparação entre os dois biênios.
Considerando apenas os latrocínios a região teve queda de 34,6%, passando de 26 casos entre 2019 e 2020, para 17 na somatória dos dois anos seguintes. Os melhores índices foram obtidos por Mauá, que reduziu esse tipo de ocorrência em 50% e Diadema, com 36,6%.
Quanto ao total de roubos, que inclui roubo de veículos, de cargas, de bancos entre outros, a região manteve praticamente a estabilidade com uma queda quase imperceptível de 0,4%. Três cidades tiveram alta nestes tipos de crimes, são elas: Santo André, com 9,5%; Mauá, com 6,1% de alta e São Bernardo que registrou alta de 3,4%. Diadema foi a que obteve o melhor resultado, com queda de 17,8%.

O secretário de Segurança Cidadã de Diadema, Benedito Mariano, fez um levantamento de outros delitos, como lesão corporal (queda de 3,22%) e homicídio culposo (que caiu 27,78% no comparativo dos dois biênios). Mas o índice que mais chamou a atenção neste levantamento feito pela prefeitura foi a queda de 76,92% da letalidade policial quando os policiais militares da cidade só estão agora neste ano recebendo câmeras para uso no uniforme. “Esse é um dos menores índices de letalidade policial do Estado, mesmo sem eles usarem as câmeras, com o uso, que começa este mês, a tendência é diminuir ainda mais”, comenta.
Para Mariano, que já foi ouvidor das Polícias Civil e Militar e também secretário de segurança em São Bernardo, o que pode explicar os números positivos é a ação em conjunto das forças de segurança, Guarda Civil Municipal e as duas polícias do Estado no sentido de agir preventivamente.
“São várias iniciativas que contribuíram para a redução dos oito índices que pesquisamos aqui em Diadema. O resultado é fruto de uma política de policiamento preventivo com a nossa guarda e a integração com as duas polícias estaduais. Na Operação Paz e Proteção, por exemplo, que age quando acontecem os pancadões, o trabalho acontece constantemente, desde fevereiro de 2021 que essa operação acontece ininterruptamente”, diz.
O secretário acredita que os números devem melhorar no fechamento do biênio 2022/2024, por conta do reforço no efetivo da Guarda Civil que ganhou mais 100 integrantes incrementando em 31% o contingente de cerca de 300 GCMs. Esses novos integrantes já foram escolhidos em concurso público e estão em processo de formação e treinamento e devem ir para as ruas entre agosto e setembro deste ano. “A integração é a chave, além das reuniões semanais que tenho com os comandantes das polícias, vamos trazer os policiais militares e civis para atuarem junto com os guardas civis na nossa Central de Monitoramento. Isso começa esse mês. Outra providência é em relação à tecnologia, principalmente com o videomonitoramento. São 190 câmeras nas escolas, 25 totens de segurança e vamos reativar 74 pontos onde as câmeras foram desativadas na gestão passada. Em breve nosso sistema vai estar integrado ao Detecta (sistema do governo do Estado em que os dispositivos reconhecem as placas de veículos e cruzam as informações com os bancos de dados criminais no caso de carros envolvidos em crimes). Todos os resultados que tivemos até agora são fruto de um trabalho que envolveu vários atores, é uma conquista coletiva”, diz.