
Problemas com acessibilidade são o pesadelo de qualquer PCD (Pessoa com Deficiência), ainda mais quando se trata de criança. É diante deste desafio que a pequena Elisa, de oito anos, teve de conviver dentro da própria escola, que frequenta desde 2021, no volta às aulas, em São Caetano.
Acontece que desde dezembro, o elevador da Escola Municipal Dom Benedito Paulo Alves de Souza está quebrado, o que impossibilita que a única cadeirante do colégio consiga frequentar as aulas no andar superior da escola.
A mãe de Elisa, Caroline Corrêa, conta que durante a reunião de pais na última segunda-feira (06/02), foi informado que o elevador estava quebrado e, em razão disso, sua filha não iria conseguir participar das aulas. “Questionei o porque ela teria aula no piso superior sendo PCD e a resposta da diretora foi que eu havia solicitado o local, o que não é verdade já que ela não conseguiria subir para o outro andar sem elevador”, reclama.
A mãe da estudante revela, ainda, que durante a reunião, o vice-diretor do colégio garantiu que a sala de aula de Elisa seria no andar inferior, o que não aconteceu. “Ao chegarmos na escola nesta terça-feira (07/02) ninguém sabia dizer onde seria a sala dela. Ficamos 20 minutos com ela aguardando alguém decidir o que fazer”, afirma.
Ao RD, o vereador Parra (Podemos) explica que o problema com o funcionamento de elevadores nas escolas da cidade já engloba cerca de quatro colégios, isto porque a empresa contratada para realizar as manutenções, ALPR Elevadores LTDA, não realiza os reparos. “A Administração está dando a devida atenção na questão de acessibilidade, com novos ofícios que serão enviados para resolver os problemas, mas até que não haja solução, recorreremos ao Ministério Público”, diz o vereador.
Procurada, a Prefeitura de São Caetano afirma que o elevador já está funcionando normalmente.