Fazer fisioterapia agora pode ter um toque de descontração. Em São Bernardo, mulheres vítimas de osteoporose estão sendo submetidas a um tratamento por meio do equipamento Wii Fit, um videogame com sensores capaz de captar os movimentos em três dimensões e que possibilita o jogador praticar esportes em tempo real.
O serviço é desenvolvido pelo Ambulatório de Osteoporose do Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (CAISM), com sessões que duram em média 40 minutos cada e fisioterapia que leva cerca de três meses. Segundo o coordenador do ambulatório, Rodolfo Strusaldi o jogo é indicado para aquelas pacientes que tem dificuldade de apoio e precisam de um atendimento individualizado. “Esse tipo de técnica traz um maior equilíbrio para as pacientes. Ainda não temos resultados quanto à ação na perda de massa óssea, mas sabemos que de 15 a 20 dias as mulheres já percebem uma melhora”, afirma o médico.
A osteoporose é uma doença crônica, não tem cura e o tratamento segue por toda a vida. O serviço foi implantado em 2009 devido à crescente demanda, que atualmente gira em torno de 50 pacientes por mês. Rodolfo explica que o Brasil ainda tem pouca experiência nesse tipo de técnica e que as médicas que realizam a fisioterapia foram enviadas a ambulatórios de São Paulo para passar por treinamento.
Os viciados em videogame se enganaram ao achar que jogar muito pode prevenir a doença ou contribuir de alguma forma para a saúde física. Segundo o médico, alguns movimentos em excesso podem prejudicar a saúde física. Não se pode confundir. “O jogo utilizado na fisioterapia é específico e as pacientes recebem orientação adequada. Não é simplesmente pegar e jogar”, afirma Rodolfo. (Colaborou Carolina Neves)