A Secretaria de Educação do Estado segue com o cronograma de atribuições de aulas, mesmo após professores de 91 delegacias de ensino de todo o Estado se deslocarem à Capital paulista para protesto na manhã desta terça-feira (27/12). Do ABC, diversas caravanas, com centenas de professores rumaram para São Paulo. Só de Mauá, foram cerca de 150 docentes.

Os profissionais da categoria O – com contratos pré-determinados -, protestam contra a metodologia de atribuições de aulas. No entanto, as reivindicações não foram atendidas. “Não surtiu efeito nosso movimento, a atribuição continua. Uma comissão foi recebida, mas uma nova reunião deverá ser realizada no dia 3 de janeiro, já com o novo governo. Continuamos na estaca zero”, diz a professora Fatima Maria de Jesus.
Para os professores, o atual governo do Estado tem empurrado o problema para a nova gestão. “O secretário que está não está e o que virá, também não está, ou seja, saímos de lá sem nenhuma resposta concreta”, dizem os educadores.
Educação se manifesta
Por meio de nota, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo informa que recebeu os manifestantes para manter um diálogo aberto. “No momento, o processo de atribuição de aulas acontece de forma transparente e segue até o dia 30 de dezembro, via Secretaria Escolar Digital, podendo ser acompanhado por qualquer cidadão que demonstre interesse, em todas as Diretorias de Ensino. A questão das 32 aulas não é obrigatória, é apenas um dos itens para a atribuição, cujos critérios foram publicados em Diário Oficial e na Lei Complementar 1.374 de março/2022. Os docentes podem atribuir em diferentes faixas, que vão de 25 horas semanais a 40 horas”, diz.