O verão começa nesta quarta-feira(21) às 18h24 e a estação será de muitas chuvas, calor e umidade. Em relação ao ano passado será mais quente e úmido. Especialistas alertam para temporais durante todo o período, além dos efeitos climáticos na temperatura, e os riscos de deslizamentos e alagamentos no ABC.
A meteorologista da Squitter Meteorologia e Hidrologia, Juliana Hermsdorff, analisa que a temperatura para o verão está dentro do esperado para esta época. “É um período mais chuvoso, onde acontecem os maiores acumulados de chuva, isso ocorre porque temos a passagem de frente fria, além disso áreas de instabilidade são formadas pelo calor e umidade, então temos dias muito quentes e no final do dia, a formação de nuvens ocasiona as chuvas fortes”, diz.
Juliana explica que as chuvas constantes ocorrem por causa da zona de convergência. “Dura muitas vezes por dias as chuvas e ocasionam um grande volume no verão”. A meteorologista diz que os riscos de alagamentos e deslizamentos podem ser provocados pelas chuvas de verão. “Estamos observando cada vez mais eventos climáticos fortes por conta das mudanças do clima e isso é provável que ocorra por muitos anos ainda”, enfatiza.
A meteorologista da Climatempo, Josélia Pegorim, avalia que janeiro será um mês de muita chuva. “Estamos iniciando o verão, mas já teremos temporais, eles são bem normais para essa época. No final do mês virá mais chuva do que o esperado para o ABC. Além da temperatura acima da média, com sol e pancadas de chuva a especialista ainda alerta sobre enchentes. “É preciso cuidado com as áreas vulneráveis de alagamentos e córregos”, finaliza.
A professora Tassiane Pinato Boreli, coordenadora do curso de Gestão Ambiental da Universidade Metodista de São Paulo, explica que o planeta está esquentando e que as pessoas podem sofrer com os efeitos climáticos do calor. “As consequências seriam ter mais bactérias e vírus, então vão aparecer inúmeras doenças que ainda são desconhecidas. Além do empobrecimento do solo, as safras de alimentos tendem a diminuir em grande escala. Se continuar o avanço desse calor e a gente não tiver uma melhora, podemos até ter escassez dos alimentos”, completa.