Conhecido tradicionalmente como derrame cerebral, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) ocorre quando os vasos sanguíneos entopem (AVC isquêmico) ou se rompem (AVC hemorrágico), provocando paralisia. Em razão do perigo e das cerca de 100 mil vítimas no Brasil por reação cerebral, neste sábado (29/10) é celebrado o Dia Mundial do AVC, que tem como objetivo conscientizar sobre a doença.

Evelyn Pacheco, neurologista e coordenadora do ambulatório neurovascular da Faculdade de Medicina ABC, explica o significado da doença. “A definição de AVC é muito simples: é um déficit neurológico súbito de causa vascular, ou seja, causado pelos vasos sanguíneos”, explica.
Ainda de acordo com a neurologista, o AVC não apresenta sinais prévios. Apesar de surgir de forma súbita, sem o crescimento de sintomas, é possível que o paciente tenha tido, anteriormente, um ataque isquêmico transitório (quando uma artéria cerebral entope ou se rompe e há um déficit neurológico decorrente desse entupimento ou hemorragia).
Porém, segundo a especialista, apesar da enfermidade ter “acidente” no nome, 90% dos casos podem ser preveníveis ao seguir recomendações médicas. “Tendo uma dieta saudável, controlando a pressão, e tomando cuidado com todos os fatores de risco, é possível prevenir a doença”, diz.

O médico fisiatra e coordenador de Reabilitação da Nobre Saúde, Ricardo Diaz Savoldelli, destaca uma forte adversária para o AVC, a atividade física. Savoldelli explica que o sedentarismo é uma das características mais modificáveis na prevenção da doença. “O melhor investimento que uma pessoa que não se exercita pode fazer em sua saúde para evitar o surgimento do AVC, é justamente mudar esse hábito”, reforça.
O fisiatra relata ainda que, infelizmente, o número de incidência de casos vêm aumentando. Conforme o médico, a doença está entre as três principais causas de morte, além disso, é o principal causador de incapacidade, no mundo e no Brasil. “Estima-se que no planeta, exista por volta de 16 milhões de quadros”, conta. “No Brasil, não temos um número exato, mas calcula-se algo entre 250 e 300 mil casos de AVC por ano”.
Os especialistas endossam que o foco da campanha, além de conscientizar a população sobre os fatores de risco, é a divulgação de informações para que as pessoas entendam a necessidade de urgência ao procurar ajuda médica.