
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano será aplicado nos dias 13 e 20 de novembro. O primeiro domingo de provas começa com a redação, o maior desafio dos participantes, e o tema é divulgado na hora do exame. A sugestão, então, é de que os estudantes se preparem para realizar a redação no gênero textual dissertativo-argumentativo para desenvolver melhor aquilo que vão escrever.
Para uma boa redação, é necessário ter domínio do gênero textual dissertativo-argumentativo que compreende a estrutura de introdução, desenvolvimento e conclusão que apresente uma proposta de intervenção ao problema que será desenvolvido no decorrer do texto.
Ao RD, o professor de Redação do Singular Anglo Vestibulares e do Colégio Singular, Roney de Jesus Costa, explica que a introdução possui três etapas, sendo elas, contextualização do tema, apresentação e tese, que é o posicionamento com no mínimo dois argumentos. “O aluno precisará desenvolvê-los através dos próximos dois ou três parágrafos com uma apresentação desses argumentos, em seguida uma comprovação, que podem ser um filósofo, um dado estatístico ou alusão histórica. Em todos os argumentos é necessário ter uma exemplificação que apresente fatos empíricos ao avaliador. Por fim, a proposta de intervenção propõe a solução para o problema apresentado em sua introdução”, explica. O objetivo é que o aluno responda cinco critérios na proposta de intervenção: agente, ação, modo ou meio, finalidade e detalhar a proposta.
O candidato irá se deparar com problemas da realidade brasileira, portanto deve estudar cidadania, direitos humanos e políticas públicas relacionadas à sociedade. Para ter uma boa nota na redação, o aluno deve assistir telejornal, acompanhar reportagens em sites e jornais, estudar sociologia, filosofia e literatura, além de estar atentado nas atualidades.
A professora de português do Colégio Fundação Santo André, Letícia Paoletti, alerta que o Enem avalia cinco competências do estudante: o domínio da língua portuguesa, em que o candidato deve mostrar o vocabulário extenso e evitar repetições; a adequabilidade do gênero e tema em que deve-se respeitar o que foi proposto; a seleção e organização de informações em que o candidato deve apresentar sua bagagem de forma que seja conivente (sem usar citações em excesso); se atentar se o texto possui começo, meio e fim, além de verificar se está bem estruturado e aderir sinônimos. E, por fim, a última competência se diz respeito aos direitos humanos e proposta de intervenção. “É preciso conferir se o candidato não desrespeita os direitos humanos e se é possível realizar a proposta de intervenção. É essencial que os alunos estejam em contato com as notícias para abordarem fatos reais no texto, além de prestar atenção nas aulas porque os professores sempre dão dicas em como estruturar sua redação e possíveis temas”, diz.
Dicas
Além dessas dicas, os especialistas contam que para não zerar a redação, o texto deve ter entre sete a 30 linhas. É proibido copiar qualquer trecho dos textos motivadores e não assinar e/ou desenhar na folha de redação. Algumas apostas de tema de redação deste ano são: transporte marítimo no Brasil, formas de combater a criminalidade e recuperar o usuário, matrículas nas creches brasileiras, o cadastro desfasado de crianças e adolescentes desaparecidos, cultura do cancelamento, saneamento básico, combate às epidemias, violência contra crianças, sistema carcerário brasileiro e educação inclusiva.