
O primeiro turno das eleições gerais de 2022 se dará no próximo domingo (02/10), porém, em partidos e grupos políticos da região a contagem dos votos não dará apenas uma base sobre quem conquistará uma vaga para deputado estadual ou federal, mas também será utilizada como um indicativo do que pode vir nas eleições de 2024 quando se decidirá o que ocorrerá na política municipal.
Algumas destas disputas contam com um olhar de 2020. Em Diadema, Ricardo Yoshio (Solidariedade) e Taka Yamauchi (MDB) disputaram o comando da Prefeitura, e agora buscam uma vaga na Câmara dos Deputados. Ambos de origem oriental, buscam se sobressair na disputa de votos na cidade. Nos últimos dias carros de som de Yoshio circularam pela cidade com frases afirmando que era o “japonês que a cidade conhece”, algo que já tinha ocorrido no primeiro turno do pleito municipal.
Outra disputa será mais próxima. O prefeito cassado de Ribeirão Pires, Clovis Volpi (PL), busca potencializar o nome de Thiago Auricchio (PL) para a disputa de deputado estadual. O grupo do ex-prefeito Kiko Teixeira (PSDB) quer emplacar na cidade o nome de Carla Morando (PSDB). Além da busca de votos, os grupos já buscam medir o tamanho para a eleição suplementar, ainda sem data para ocorrer.
Carla e Thiago também são base na disputa em São Caetano. O atual grupo governista busca a reeleição do filho do prefeito José Auricchio Júnior (PSDB). Enquanto a oposição formada por Fabio Palacio (União Brasil) e Edison Parra (Podemos) somou forças em nome da deputada estadual.
Em São Bernardo, a primeira-dama também terá seus votos apreciados pela classe política, principalmente como uma espécie de pesquisa da força do prefeito Orlando Morando (PSDB). Outro nome que o grupo prestará atenção é o de Marcelo Lima (Solidariedade). O vice-prefeito disputa uma vaga para deputado federal.
Ainda no território são-bernardense, quem também estará de olho na contagem de votos no município será o PT. Fontes garantem que entre Luiz Fernando e Teonílio Barba sairá o nome para a disputa de prefeito, e uma das bases será exatamente a quantidade de votos na cidade.
Em Santo André ocorre algo parecido com o nome de Ana Carolina Serra (Cidadania) e Luiz Zacarias (PL). Os candidatos a deputada estadual e deputado federal representam o grupo do prefeito Paulo Serra (PSDB), e serão utilizados como medida de força do tucano no município.
Outra situação que envolve Carla Morando e Ana Carolina Serra é a busca de votos na cidade vizinha, o que é internamente encarado como mais uma forma de medida de força regional entre os prefeitos andreense e são-bernardense.
No caso de Mauá, existe um olhar sobre quantos votos terá o ex-prefeito Atila Jacomussi (Solidariedade) para deputado estadual. Se a carga de eleitores for grande, existe a possibilidade de Atila retornar com força para a disputa municipal de 2024.