
Campeão olímpico com a Seleção Brasileira de Vôlei nos Jogos Olímpicos de Barcelona, em 1992, Douglas Chiarotti foi contratado para ser o treinador dos times sub-19 e sub-21 do vôlei feminino de Diadema.
Ex-meio de rede da seleção e com passagens por grandes clubes do país, como Pirelli e Minas, Douglas Chiarotti vai emprestar todo seu conhecimento e experiência para alavancar ainda mais a modalidade na cidade.
Para Douglas Chiarotti, a conquista é um ponto de partida interessante na evolução que o esporte precisa ter no município – e que ele, juntamente com a equipe da Secretaria de Esporte e Lazer de Diadema, pretende construir.
“Minha experiência vem dos Jogos Olímpicos e também de diversos torneios que disputei, que conquistei, treinadores com os quais trabalhei. Essa experiência toda é preciso passar para as meninas e meninos mais novos. Eu gosto muito de visar a parte técnica dessas dessas meninas porque acho que as categorias de base de hoje estão deficientes na parte técnica. Há muito foco para a parte tática”, pontuou Douglas. “Um dos meus primeiros técnicos falava que sem a parte técnica não adianta você ter parte tática”.
O novo técnico avisa que, até o fim do ano, será realizada peneira em Diadema, para encontrar novos talentos a serem lapidados pela comissão. Ele destacou que o vôlei atual exige uma parte física apurada, com meninas mais altas e mais fortes, mas, claro, sem se descuidar dos fundamentos. “Eu vejo o esporte como um ambiente no qual a gente tem que sempre pensar em melhorar, sempre pensar em coisa melhor para o próximo ano. Foi com esse espírito que vim para Diadema”.
Outro destaque observado por Douglas Chiarotti foi o olhar de continuidade que a Secretaria de Esporte e Lazer de Diadema tem dado para o vôlei no município. “Isso atrai mais gente. Os potenciais talentos veem que tem um projeto sólido, não um projeto que vai durar um ano e vai acabar. Essa continuidade é algo que é muito valorizada pelos atletas. Isso é importante”.
O técnico pela primeira vez trabalha com as meninas – desde 2008, quando se tornou treinador, sempre dirigiu equipes masculinas. E, para desenvolver essa relação, ele admite que o atual técnico da Seleção Brasileira de Vôlei, José Roberto Guimarães, que o dirigiu na vitoriosa campanha de Barcelona-1992, é uma inspiração. “Eu estou gostando de trabalhar com as meninas. É diferente. Embora o treino seja a mesma coisa, mas o modo de falar é diferente. E eu trago algumas coisas do Zé Roberto no meu trabalho, em especial o modo de trabalhar o grupo. Ninguém ganha sozinho, o grupo é quem ganha. O sucesso é consequência do seu trabalho. Muita gente só pensa no sucesso e para de trabalhar. Mas não pode ter essa visão. O sucesso é consequência.”