Com o diploma de vice-prefeito de Ribeirão Pires cassado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Amigão D’Orto (PSB) acabou não apenas vendo seu cargo cair, mas também acabou rachando politicamente com o prefeito cassado Clovis Volpi (PL). Ao ver que não tem o apoio para representar o grupo na eleição suplementar, o socialista anunciou nesta quarta-feira (14/09) que rachou politicamente com o liberal e agora seguirá caminho próprio na disputa pelo Paço.
“Fui pego de surpresa quando foi decidido de forma unilateral que o candidato a nova eleição será do partido 22 (PL) e de fato eu me coloco como candidato. Então, até por isso não vejo como consigamos caminhar, mas tenho respeito pelo nosso prefeito Clovis Volpi”, explicou.
A declaração foi feita após Amigão acompanhar a transmissão da entrevista coletiva de Clovis e Guto Volpi (PL) sobre toda a polêmica na vida política do município. O ainda prefeito deixou claro que vai apoiar um nome de seu partido, que pode ser seu filho Guto ou algum de seus secretários.
“O grupo está consolidado. Em 2012, se eu tivesse acompanhado o grupo, e não teria errado. Eu errei quando eu apoiei o Dedé da Folha, o grupo queria a Rosi (de Marco, atual secretária de Educação) e eu fiz a composição da Rosi ser vice, porque havia um compromisso do Dedé abandonar (a candidatura) se ele fosse declarado impedido. Ele foi impedido e não abandonou”, disse Clovis.
Apesar de afirmar que rachou politicamente com Volpi a partir da entrevista coletiva do prefeito, Amigão já demonstrou seu afastamento do grupo ao não participar da transmissão ao vivo feita por Clovis junto ao secretariado.
D’Orto afirmou que não esteve presente, pois entregou seu pedido de exoneração da Secretaria de Turismo na última segunda-feira (12/09), porque assumiu interinamente o comando da Prefeitura por causa das férias de Clovis Volpi. Porém, o prefeito considera que Amigão não queria aparecer ao seu lado visando a eleição suplementar.
Cenário eleitoral de Ribeirão Pires
Existe uma espécie de pré-lista de possíveis candidatos a prefeito de Ribeirão Pires, na eleição suplementar que pode ser marcada para 27 de novembro ou 11 de dezembro, conforme o calendário da Justiça Eleitoral.
Além do nome que virá do PL e de Amigão D’Orto (PSB). Outros dois nomes colocados são de Gabriel Roncon (Cidadania) e Flávia Dotto (PSDB). Só que neste caso também há um problema. Roncon rachou politicamente com Kiko Teixeira (PSDB), esposo de Flávia. Porém, Cidadania e PSDB estão federados, ou seja, obrigatoriamente vão ter que andar juntos nesse pleito municipal.
Ainda há uma decisão para ser tomada pelos partidos de esquerda. Em 2020, o grupo foi liderado por Felipe Magalhães (PT). Porém, o educador faleceu em abril de 2021, assim deixando vago este espaço.
(Informações: Leandro Amaral)