ABC - terça-feira , 30 de abril de 2024

Água com excesso de cloro preocupa moradora de Ribeirão Pires

Residente utiliza a água para cozinhar alimentos, dar aos animais e regar plantas (Foto: Divulgação)

A água com excesso de cloro pode causar diversos problemas de saúde, como náusea, vômito, diarreia e, a longo prazo, tumores e prejuízo da glândula tireoide. Esses sintomas tem preocupado Bruna Martines, moradora do Centro de Ribeirão Pires, que há três semanas tem visto uma aparência leitosa na água que sai de sua torneira.

A munícipe se assusta com a presença do químico, ao se lembrar que utiliza a água para cozinhar alimentos e para dar aos animais de estimação. Além do mais, Bruna cultiva uma horta e, pelo excesso do cloro, tem notado uma piora na qualidade da criação das plantas.

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Segundo a residente, que mora na mesma rua desde os cinco anos, ter água com excesso de cloro é algo que sempre aconteceu no local, mas a situação piora ao longo dos anos. “De três semanas para cá, a quantidade de cloro na água aumentou absurdamente”, relata.

Bruna notou que, nas pias de sua cozinha, tanque e quintal (que vem diretamente da rua), a água não vem translúcida, e sim branca, com um cheiro muito forte. “Quando abro a torneira, fica aquele cheiro de piscina. Só não fica assim na pia do meu banheiro e no chuveiro porque o acesso vem da caixa d’água”, comenta.

Questionada sobre o problema, a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) informou que a água distribuída à população está dentro dos parâmetros exigidos pela Portaria 2.914/2011 do Ministério da Saúde, inclusive no que se refere à concentração de cloro, cuja aplicação é feita de forma controlada, com o objetivo de garantir sua potabilidade.

“Eventualmente, a água da Sabesp pode apresentar coloração esbranquiçada, um fenômeno natural decorrente de manobras operacionais na rede de abastecimento, causando turbilhonamento hidráulico e o aparecimento de microbolhas no instante da abertura da torneira. Vale salientar que essa característica não representa nenhum risco à qualidade da água, nem à saúde da população. A coloração se altera temporariamente, por conta dessas microbolhas, e após alguns segundos a água volta a ficar totalmente límpida”, diz a companhia.

A Sabesp informa, ainda, que tem laboratórios de controle sanitário para monitorar constantemente a qualidade da água que fornece à população. Nesses laboratórios especializados são realizadas, em média, mais de 62 mil análises mensais. As avaliações incluem parâmetros básicos de controle, como turbidez, cor, cloro, coliformes e termolerantes. Todos os resultados são encaminhados para as Vigilâncias Sanitárias locais, conforme determina a lei.

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