
Dados fornecidos pelas prefeituras do ABC revelam que 147 casos da varíola dos macacos (popularmente conhecida como Monkeypox) foram registrados na região até o momento. Santo André é a cidade com maior número de casos, são 51 vítimas da doença, seguido de São Bernardo (44), Diadema (21), São Caetano (15), Mauá (14) e Ribeirão Pires (2).
Apesar do nome da doença fazer referência ao animal – em razão do primeiro diagnóstico ter ocorrido em macacos no ano de 1958 -, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que agora o provável foco esteja entre os roedores. Assim, para combater a doença, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou o uso de vacina contra o vírus e de kits emergenciais para o tratamento.
Em entrevista ao RD, a médica infectologista de Santo André, Elaine Matsuda, explica que em caso de complicações, a varíola dos macacos pode deixar sequelas no corpo humano. “Como as postulas são profundas, elas podem deixar marcas nas peles no caso de agravamento, ou até no contato de alguma outra infecção secundária em curso”, diz.
Ainda segundo a infectologista, o imunizante que temos até o momento é o mesmo usado contra a varíola (Orthopoxvirus), vírus erradicado durante a década de 1980. A vacina funciona com a fórmula de vírus atenuado (processo onde sua virulência é reduzida a níveis considerados seguros para a aplicação clínica).
Imunização no ABC
O RD questionou as prefeituras da região para saber se há alguma previsão para início da vacinação contra a doença no ABC. Em resposta, todas as cidades alegam estar esperando por mais orientações do Governo do Estado e informações oficias do PNI (Plano nacional de imunização) antes de tomarem qualquer medida.