
A dengue, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, volta a preocupar na região. Isso porque, de acordo com informações de cinco cidades do ABC, foram pelo menos 313 confirmações da doença desde janeiro, e segundo o Ministério da Saúde, outros 542.038 casos prováveis da doença foram notificados até 23 de abril.
Desde janeiro, foram registrados 107 casos de dengue em São Bernardo, sendo 73 autóctones (quando há transmissão dentro do município) e 34 importados (quando a transmissão ocorre fora do município). No mesmo período de 2021, a Prefeitura contabilizou 209 casos da doença (151 autóctones e 58 importados). Em Diadema foram confirmados 77 casos em munícipes, enquanto em 2021 foram contabilizadas 155 confirmações.
Já em São Caetano, foram 63 casos confirmados da doença desde janeiro deste ano (oito autóctones e 55 importados). O número é próximo ao de 2021, quando foram confirmados 80 casos (oito autóctones e 52 importados). Mauá registrou, neste ano, 60 casos dos quais 37 são autóctones. O número é próximo de 2021, com 62 casos.
Ribeirão Pires tem seis casos registrados este ano, sendo todos autóctones. Em comparação com o ano passado, foram 21 casos confirmados sendo oito autóctones e 13 importados.
As prefeituras de Santo André e Rio Grande da Serra não responderam até o fechamento da reportagem.
Denúncia
O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de São Bernardo realiza monitoramento e ações de reforço à prevenção e combate dessa e de outras arboviroses. O município possui 12 pontos estratégicos, a exemplo de cemitérios e ferros velhos. Nesses pontos, os agentes fazem a visita quinzenalmente para eliminar criadouros ou fazer tratamento com uso de larvicidas.
Em caso da presença de larva do mosquito, as equipes realizam a profilaxia, com isolamento dos locais. Para denunciar locais com focos à dengue, basta ligar para 0800-19 55 65. Em São Caetano, denúncias de imóveis “negligenciados” podem ser feitas através do e-mail: denunciaccz@saocaetanodosul.sp.gov.br
Agentes de endemias da Gerência de Zoonoses de Mauá realizam vistorias em imóveis e orientam sobre as doenças causadas pelo inseto. O trabalho inclui visitas a casas, pontos estratégicos (ferros-velhos), imóveis especiais (unidades básicas de saúde e escolas) e bloqueios em regiões de casos suspeitos, além da ADL (Avaliação da Densidade Larvária), para verificar a infestação.
A cidade também têm realizado ações preventivas em cinco pontos de risco na cidade, como avaliações de densidade larvária, bloqueios estratégicos, inspeções nos quintais de residências entregas de informativos e orientações à população e nebulizações.