Juros futuros operam perto da estabilidade; aversão a risco externo ofusca Copom

Os juros futuros operam nesta sexta-feira, 17/6, perto da estabilidade em relação ao fechamento de quarta-feira, mostrando que a aversão a risco que pesou nos mercados internacionais na quinta-feira, 16, quando os mercados locais ficaram fechados por causa do feriado, acaba ofuscando um alívio na curva de juros gerado após a decisão da quarta-feira do Comitê de Política Monetária (Copom), segundo traders.

O dólar em alta também ecoa essa reação de volta do feriado no Brasil. “Ontem foi banho de sangue no exterior, o que limita. O mercado deve ficar operando o risco de recessão versus os riscos fiscal e político, por isso o movimento de abertura dos mais longos”, explica o operador de renda fixa sênior da Renascença DTVM, Luis Felipe Laudisio.

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Há pouco, o viés de baixa era visto apenas no vencimento para janeiro de 2024, ano que o BC indicou que começa a entrar no horizonte relevante da política monetária.

O Copom elevou em 50 pontos-base a Selic, para 13,25%, como já estava amplamente precificado pelo mercado, e sinalizou outra alta de igual ou menor magnitude em agosto.

Às 9h39, a taxa do contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2023 estava em 13,570%, de 13,560% no fechamento anterior (13,607% no ajuste). O DI para janeiro de 2024 marcava 13,31%, de 13,33% no fechamento (13,43% no ajuste), e o para janeiro de 2025 estava em 12,67%, mesma taxa do fechamento de quarta-feira (12,75% no ajuste). O vencimento para janeiro de 2027 subia a 12,64%, de 12,60% no fechamento (12,67% no ajuste). O dólar à vista tinha alta de 1,68%, na máxima de R$ 5,1103.

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