Nas últimas semanas, a região tem observado uma crescente evolução nos casos de covid-19, o que resultou no reforço da recomendação para uso de máscaras em algumas cidades do ABC, como Santo André, São Bernardo e São Caetano. Porém, até o momento, ainda não há impactos significativos no número de internações. Ao todo, foram registrados pouco mais de 2,1 mil novos casos do doença, em maio deste ano e, atualmente, há 24 pacientes internados em enfermaria e UTI das redes municipais de saúde.
Em Mauá, a cidade regista 177 confirmações de covid-19 em maio, um aumento de 160% nos casos confirmados em comparação ao mês anterior, em que foram contabilizados 68 novos casos da doença. Atualmente, cinco pessoas estão internadas na rede municipal de saúde. Ao todo são três pacientes em enfermaria e dois em UTI (unidade de terapia intensiva).
Diadema informa, em nota, que no mês de maio deste ano foram registrados 273 novas confirmações para a doença, mas não informa os números do mês anterior. A cidade contabiliza atualmente quatro pacientes internados com síndromes gripais e no aguardo do resultado do teste. São três mulheres e um homem, com idades entre 35 e 81 anos. A taxa de ocupação dos leitos está em 42,9% em enfermarias e 36,6% em UTI. Ao todo, foram internados oito pacientes com covid-19 no mês de maio deste ano.
Reforço nos protocolos de segurança
A evolução do coronavírus segue com realidades diferentes em cada cidade. O aumento do número de novos casos da doença, em São Bernardo, gera preocupação entre as autoridade de saúde da cidade, que foi a primeira da região a sentir necessidade em reavaliar os protocolos de segurança e decretou a recomendação do uso de máscaras em locais fechados há 11 dias.
Em maio deste ano, São Bernardo registrou 555 confirmações de covid-19. Em abril, foram mais de 1,5 mil casos. Atualmente, estão internados 12 pacientes, seis em UTI e seis em enfermaria, com idades entre 49 e 75 anos, com comorbidades e imunizados, pelo menos, com duas doses da vacina.
São Caetano também reforçou as medidas de segurança contra a doença, na semana passada, com recomendação do uso de máscaras em locais fechados. Assim como São Bernardo, a ênfase do protocolo está nas escolas públicas e particulares. Em maio de 2022, a cidade registrou mais de 1,1 mil novos casos de coronavírus, um aumento de cerca de 600% com relação ao mês anterior, em que foram contabilizados 164 notificações. Com relação ao mesmo período do ano passado, foi um aumento de 31%.
Mesmo com a elevação das confirmações, ainda não há reflexos significativos no número de internados. A rede municipal de saúde contabiliza, atualmente, três pacientes em enfermaria e nenhum em UTI. O perfil dos pacientes é de predominância de mulheres e com idades acima de 75 anos. Ao todo, foram internados 6 pacientes em enfermaria no mês de maio deste ano, um aumento de 20% com relação ao mês de abril, em que a cidade contabilizou 12 pacientes internados (5 em enfermaria e 7 em UTI).
Na semana passada três cidades do ABC reforçaram o uso de máscaras entre moradores: Santo André, São Bernardo e São Caetano. A medida visa conter o avanço do coronavírus, principalmente com a chegada do outono e inverno, período mais frio do ano, em que aumentam os casos de doenças respiratórias, como a gripe e, agora, a covid-19.
Segundo o pneumologista Elie Fiss, professor titular de pneumologia do Centro Universitário da FMABC (Faculdade de Medicina do ABC), a máscara de proteção, descartável ou de pano, é fundamental para diminuir a transmissão e o contágio por doenças respiratórias e a sua utilização deve se tornar um hábito. “Qualquer pessoa que esteja com qualquer sintoma respiratório ou gripal (tosse, coriza, espirro, entre outros) deve utilizar a máscara e proteger seus entes queridos e amigos, seja em casa, no trabalho ou na escola. Você evita a transmissão. E quem estiver sem sintomas deve usar, principalmente em locais fechados, para evitar o contágio”, orienta o pneumologista.
Além da máscara de proteção, é preciso manter as doses da vacina contra a covid-19 atualizadas e atentar à higiene das mãos. “É pelas mãos que também facilitamos o contágio por diversas doenças. Já é comprovada a necessidade de manter as mãos higienizadas. Esses hábitos não podem se perder”, aponta.