A chegada do frio facilita a transmissão de doenças respiratórias, como a covid-19 e a gripe, por conta da maior permanência da população em locais fechados e com pouca ventilação. A vacina é a principal arma, mas a baixa adesão à imunização contra influenza, que segue até 3 de junho (conforme calendário da campanha), somada ao aumento de casos de síndromes respiratórias na região, tem sido motivo de preocupação e de reforço da recomendação do uso de máscaras, bem como alerta para que os grupos prioritários se vacinem. As doses estão disponíveis nas unidades de saúde da região, em livre demanda.
As cidades ainda não atingiram, pelo menos, 50% do público-alvo total da campanha de imunização contra a gripe, que protege contra as cepas A, H1N1 e H2N3 – do subtipo Darwin, responsável pelo surto de gripe no final do ano passado. Em levantamento no ABC, a população que apresenta maior procura pela vacina são os idosos e os municípios já imunizaram, em média, 50% deste público.
Um dado que chama atenção é a baixa procura pela imunização entre os professores. Em São Bernardo, por exemplo, apenas 29% destes profissionais estão imunizados e, em São Caetano, apenas 17% dos professores buscaram a vacina contra gripe. Em Santo André, a cobertura vacinal entre professores está em 9,5%.
Nestas três cidades (Santo André, São Bernardo e São Caetano), foi registrado aumento de casos de síndromes respiratórias, principalmente entre alunos e profissionais das redes públicas e particulares de educação, nas últimas semanas. Tal situação fez com que os prefeitos reforçassem as orientações de protocolos de segurança entre os moradores, como o uso de máscaras de proteção, principalmente em locais fechados, bem como a higienização frequente das mãos e manter o distanciamento ao apresentar sintomas gripais. A elevação dos casos ainda não teve impacto no número de internações.
Cobertura vacinal na região
Em Santo André, a cidade atingiu 40,9% de cobertura vacinal do público-alvo total, sendo idosos e trabalhadores da saúde (55%), crianças entre 6 meses e menores de 5 anos (25%), gestantes (8%), puérperas (8,5%) e pessoas com comorbidades (9,1%). Em nota, a Prefeitura informa que registra desde o dia 13 de maio um aumento de casos de síndromes gripais, porém são casos leves, sem necessidade de internação. Em abril, foram confirmados 17 casos de gripe e, em maio, até o momento, estão confirmados oito casos.
São Caetano atingiu 42,2% de cobertura vacinal total, foram imunizados mais de 77,9 mil moradores. Entre o grupo prioritário já foram vacinados 59,7% dos idosos, 52,1% dos profissionais da saúde, bem como 27,5% das crianças, 13,3% das gestantes, 20,7% puérperas, pessoas com comorbidades (7,3%) e pessoas com deficiência foram (0,64%).
Em São Bernardo, cerca de 45% dos moradores que fazem parte do grupo prioritário foram vacinados. A cobertura vacinal está em 25,4% entre crianças, profissionais da saúde (60,2%), idosos (62%), pessoas com comorbidades (13,7%), gestantes (17,1%) e puérperas (1,1%).
Diadema
Em Diadema, a vacinação também acompanha o calendário da campanha nacional e segue até 3 de junho. Em nota, a Prefeitura afirma que a adesão pela imunização contra gripe está abaixo do esperado. Foram vacinados 50% dos idosos, bem como 42% dos trabalhadores da saúde, 26% das crianças, 10% das gestantes e puérperas; e 2,3% dos professores.
A cidade registra, em maio até o momento, 55 internações por síndrome gripal na rede municipal de saúde, em janeiro foram 103 internações. Desde o início de maio, foram notificados 876 casos de síndromes gripais.
Ribeirão Pires atingiu a cobertura vacinal total de 37,1% do grupo prioritário. A maior porcentagem de imunizados está entre idosos e pessoas com comorbidades (58% de cobertura vacinal em cada público). Já foram vacinados também 50,5% dos profissionais da saúde, bem como professores (13,5%), crianças entre seis meses e menores de 4 anos (19,2%), gestantes (15,5%), puérperas (19%), pessoas com deficiência (0,10%) e profissionais da segurança (10,7%).
Em Mauá, foram vacinados cerca de 36% do público-alvo, sendo o maior índice entre os idosos (56%). A cobertura vacinal entre as criança está em 27,6%, gestantes foram 26,1% imunizadas, bem como trabalhadores da saúde (38,3%), puérperas (29,9%), pessoas com deficiência (1,48%), professores (21%) e pessoas com comorbidades (21%).
Até o fechamento desta matéria, Rio Grande da Serra não enviou informações.