Após eleições em que era o principal alvo das críticas contra a política, o PT vê um cenário mais favorável para o pleito deste ano. Em entrevista ao RDtv, o deputado estadual e pré-candidato a reeleição, Luiz Fernando Teixeira (PT), relatou nesta segunda-feira (23/5) que existe um entendimento de que o momento é mais positivo para o partido, inclusive com visão da disputa estadual em que Fernando Haddad (PT) conta com o percentual de intenção de votos maior do que o histórico do partido em São Paulo.
“Em 2022 o cenário é completamente favorável, primeiro que todas aquelas mentiras foram desmascaradas, segundo é que mostraram que o problema não era o PT, que o PT sempre tinha sido solução. Terceiro, quando a vida do povo quando o PT governava era prioridade dos nossos governos, aos passos que o lucro dos empresários foram o foco dos presidentes que sucederam o PT, seja o Michel Temer ou seja esse maluco que está em Brasília hoje, esse tal de Bolsonaro”, comentou o parlamentar.
Para o deputado, em 2014 houve um processo de crítica ao meio político por causa das manifestações de 2013. E em 2018 houve um ataque direto ao PT e a tentativa da busca do “novo”, mesmo com Jair Bolsonaro (PL) que tinha quase três décadas de experiência na Câmara dos Deputados.
Questionado sobre as projeções para a eleição estadual, Luiz Fernando vê que o cenário aponta para uma disputa de segundo turno entre Fernando Haddad e Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), assim replicando a disputa nacional entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Bolsonaro. O parlamentar ainda vê que dentro deste escopo o ex-governador Márcio França (PSB) poderá ser convencido a disputar o Senado.
“Há diálogo, um diálogo muito aberto entre o Fernando Haddad e o Márcio França, entre Lula, Alckmin, Haddad e Márcio França. É importante salientar que quem trouxe o Alckmin para que pudesse dialogar conosco foi o Márcio França, ele é o padrinho dessa relação, dessa candidatura ‘Lula com chuchu’ como disse o ex-governador. Nós temos uma relação com o Márcio muito forte, nós apoiamos o Márcio França em 2018 contra o Doria, temos uma relação muito forte. É possível sim que Márcio França possa ser o nosso candidato ao Senado e tenho certeza se assim for ele vai ser o próximo senador pelo Estado de São Paulo”, explicou.
Luiz Fernando não escondeu suas críticas ao ex-governador João Doria (PSDB) que deixou nesta segunda-feira a disputa pela Presidência da República e considera que o tucano acabou pagando por atitudes feitas no passado com ex-integrantes do PSDB, principalmente o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB).
“A política não perdoa a traição, o João Doria para chegar aonde chegou ele chegou traindo pessoas. Quem criou João Doria para a Prefeitura de São Paulo foi Geraldo Alckmin e na sequência ele traiu, deu um golpe de misericórdia juntamente com Rodrigo Garcia quando tiraram o Alckmin da disputa do Governo do Estado pelo PSDB. O Doria tentou voltar atrás quando viu os problemas e o próprio Rodrigo Garcia articulou a renúncia do Doria. Agora, a própria imprensa noticiando que o Rodrigo Garcia não queria o Doria, pois sem dúvida nenhuma é uma ancora que puxa o Rodrigo Garcia para baixo para a candidatura ao Governo do Estado de São Paulo”, disse o petista.