A ex-deputada estadual Regina Gonçalves (PV) emplacou seu nome mais uma vez como pré-candidata a deputada federal para as eleições de outubro. Em entrevista ao RDtv desta quinta-feira (28/4), a ex-secretária em Diadema relatou o aprendizado com a federação entre seu partido com o PT e PCdoB, e sobre a informação da possível saída do ex-prefeito diademense Lauro Michels e da ex-primeira-dama Carol Michels para o Republicanos. Regina negou que houve tal possibilidade e relata que está prevista uma possível dobrada com Carol, que pode ser colocada na lista de postulantes a uma vaga na Assembleia Legislativa.

“Primeiro, reconhecemos a importância do Lauro, é um quadro do partido, tem que ser respeito, mas nós também entendemos a posição dele diante do desconforto que ele se colocou ou que ele se coloca em relação a federação. Para nós também está sendo um aprendizado. O estado de São Paulo sempre teve uma característica própria de ter sua alma própria, de ter sua legitimidade, na sua transparência na condução daquilo que é necessário para a instituição partidária. Então estamos em um novo momento e ele particularmente estava se manifestando no desconforto sobre isso, mas em nenhum momento foi falado sobre desfiliação”, iniciou Regina.
“Nós achávamos que tínhamos que ter aquela nota, porque primeiro, uma conversa não pode ser resultado em filiações e segundo, porque a Carol Michels, por exemplo, que é uma pessoa com quem tenho uma maior proximidade, estamos sempre nos falando, ela nunca participou de uma reunião e nem ao menos se filiou ao Republicanos, ao contrário. Então as pessoas fazem de uma conversa a extensão de algo que um desconforto para o Lauro, um desconforto para a Carol e eles são quadros partidários nossos”, seguiu a ex-deputada estadual.
O “desconforto” de Lauro está pelo fato de o ex-prefeito ser oposição ao PT em Diadema, o que gera um cenário ambíguo após a confirmação que os verdes, os petistas e os comunistas vão se unir no pleito de outubro na nova federação, modelo que em que os partidos terão suas futuras bancadas no Legislativo unificadas. Algo diferente da coligação que visa apenas o apoio eleitoral.
Sobre Carol, a ideia de lançá-la como pré-candidata a estadual terá de ser confirmada até o início de maio, pois a partir da segunda quinzena do quinto mês do ano haverá o início oficial da pré-campanha. Segundo Regina, o PV tentará formar sua lista de pré-candidaturas o quanto antes para dar tempo para conversas com suas respectivas bases.
Eleição
Regina Gonçalves fez uma série de críticas ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e entende que a federação é uma forma de unir legendas “em prol da democracia”, sendo que no caso do Partido Verde a ideia é agregar eleitores do espectro da centro-esquerda.
A ex-deputada ressaltou que caso o cenário não seja alterado, deve ser o único nome feminino da região na disputa por uma cadeira na Câmara dos Deputados. Além disso, ressaltou a importância dos votos dos eleitores do ABC migrarem para futuros candidatos da região e não para os chamados “forasteiros” e criticou a migração de futuros postulantes para outros estados, como é o caso de Sérgio Moro (União Brasil) que deixou o Paraná rumo a São Paulo com a possibilidade de se candidatar a deputado federal.