
O total de investimentos anunciados no ABC desde 2019 teve queda de 91,93% na média mensal até 2021. E os primeiros três meses de 2022 não foram animadores, das sete cidades apenas Santo André recebeu R$ 332 milhões em investimentos anunciados segundo a Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados), e as demais cidades não pontuaram no levantamento de janeiro a março.
A cisão dos investimentos fica bem clara entre 2019 e o ano seguinte quando começou a pandemia da covid-19. Em 2019, o ABC recebeu R$ 10 bilhões em investimentos, uma média mensal de R$ 835,8 milhões, mais da metade desse montante, R$ 6 bilhões, foram somente para São Bernardo. Em 2020, os investimentos despencaram para R$ 1,9 bilhão e em 2021 os investimentos anunciados caíram para bem menos da metade, para R$ 800 milhões, uma média mensal de pouco mais de R$ 67 milhões.
Para o economista Sandro Maskio, do Observatório Econômico da Universidade Metodista, a queda no investimento na região é claramente resultante da redução da atividade econômica durante a pandemia. “Uma das explicações é o aumento da capacidade ociosa com a pandemia, especialmente em 2020. Isso reduz a necessidade e demanda por novos investimentos”, diz. O investimento de R$ 382 milhões nos primeiros três meses de 2022 ainda não indicam nem recuperação, nem agravamento do baixo investimento, na análise de Maskio. “Isso porque o fluxo mensal tem sazonalidade; começo de ano tem pouco investimento normalmente”, completa.
Veja os números: