A última visita do governador João Doria (PSDB) teve clima eleitoral. Durante a entrega da nova sede do 6º DP de São Bernardo, nessa segunda-feira (28/03), o tucano foi afagado por seus aliados, porém, evitou qualquer fala mais longa sobre a disputa eleitoral. Sua única resposta foi sobre a permanência do agora ex-governador gaúcho Eduardo Leite no tucanato, o que considerou como uma “decisão certa”.

A fala sobre Leite ocorreu durante sua saída de São Bernardo e menos de duas horas após a coletiva de imprensa do ex-líder do Palácio Piratini que confirmou sua saída do Governo do Estado e sua permanência no partido, porém, sem confirmar qual seria o seu papel no próximo pleito.
Alas do PSDB defendem que Eduardo substituta Doria na disputa presidencial, pois o paulista não consegue subir nas pesquisas, mesmo com a intensidade de sua agenda nas últimas semanas. Em suas redes sociais, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso comentou sobre o assunto ao afirmar que “as prévias do PSDB foram realizadas democraticamente. Assim sendo, penso que devem ser respeitadas”.
Sobre a renúncia ao comando do Palácio dos Bandeirantes e seu futuro político, Doria deixou claro que só falará na próxima quarta-feira (30/03).
Durante o evento
Durante a entrega da nova sede do 6º DP de São Bernardo, aliados do governador paulista puxaram o clima eleitoral. A deputada estadual Carla Morando (PSDB) falou sobre todos os investimentos na área de segurança pública realizadas na região. O prefeito Orlando Morando (PSDB) evidenciou todas as medidas feitas pelo governo estadual na cidade.
Em determinado momento o são-bernardense enalteceu as figuras do PSDB que passaram pelo cargo de governador. Chegou a citar nominalmente o atual senador José Serra (PSDB), mas evitou falar diretamente sobre Geraldo Alckmin (PSB). Inclusive resolveu dar uma indireta ano ex-tucano afirmando que Doria “não vai para São Bernardo tomar cafezinho, vai para anunciar investimentos”. Lembrando que Alckmin é conhecido por sempre procurar um local para tomar café em seus eventos.
No caso de Doria a indireta foi para o presidente Jair Bolsonaro (PL), ao afirmar que São Paulo “é a terra da vacina e não da cloroquina”, o que acabou sendo o único momento do discurso com uma relação direta sobre as eleições de outubro.
Além da renúncia de Doria e os bastidores do PSDB, outro ponto que ficará para o final da semana é a decisão de Orlando Morando sobre renunciar ao comando da Prefeitura para ser vice na chapa de Rodrigo Garcia (PSDB) e se migrará para o União Brasil, convite este feito no final do ano passado.