Com a busca de frear o processo de desindustrialização e a chegada de novas empresas, o Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) Diadema tenta aumentar o fomento de negócios entre os parceiros na cidade. Em entrevista ao RD Momento Econômico desta quarta-feira (02/03) o diretor técnico da entidade, Anuar Dequech Junior, relatou as medidas que são realizadas para a melhora do cenário e apontou problemas que o Poder Público pode resolver para conseguir atrair novos investimentos.

O fomento desses negócios é gerado a partir da leitura em relação a quatro setores da cidade que se transformaram em polos ao longo do tempo: galvanoplastia; cosméticos; alimentação; e metalmecânica. Cada um conta com um coordenador que a partir de feiras e ações de negócios buscam fomentar novos investimentos no município.
Além disso, o Ciesp também aposta na retomada de encontros presenciais entre os empresários e outros atores da cidade para que esses investimentos sejam conhecidos e assim melhorar a atuação nos negócios. Inclusive a ideia é que o retorno destas ações conte com a presença do prefeito José de Filippi Jr. (PT) e de outros representantes da Prefeitura.
Porém, outros pontos já foram levados ao conhecimento do comando do Paço diademense, o principal deles é o relacionado ao setor de vigilância sanitária e sua demora em realizar suas verificações e apontamentos.
“Nós temos um problema recorrente que toda a vez que eu falo com o pessoal da Prefeitura eu dou um toque, é sobre a vigilância sanitária. Nós temos um grande problema de aprovação, por exemplo, da indústria se instalar em Diadema. Tivemos alguns casos que a empresa foi, se instalou, fez tudo, a parte maquinária, tudo certo e demorou quase um ano para a vigilância sanitária falar que tinha algum problema. Na hora ele (o empresário) fechou a empresa, foi para São Bernardo e 30 dias depois estava funcionando”, explicou.
Anuar foi informado de que a Prefeitura de Diadema está em busca de uma modernização dos processos para reduzir os problemas e digitalizar as ações para que uma empresa se instale na cidade, mas ainda não há uma data para isso. Atualmente, segundo o diretor, uma empresa chega a demorar três meses para se instalar na cidade.
Outro ponto que o Ciesp quer colocar em debate, não apenas em Diadema, é o processo de separação de áreas voltadas para a indústria e que não sejam vizinhas de áreas residenciais. Com o crescimento dos municípios, muitas empresas estão em terrenos localizados em bairros com casas e condomínios. Dependendo do processo de sua indústria, maquinário que gera muito barulho não pode funcionar à noite devido a lei do silêncio. Anuar considera necessário um debate regional para buscar uma solução que possa alterar os planos diretores e assim melhorar a situação para todos os envolvidos.