Na tentativa de receber a segunda dose da vacina contra a covid-19, da AstraZeneca, a aposentada Eliane de Fatima Lemos, moradora do bairro Centreville, em Santo André, tem percorrido em vão os postos, como o Centro de Especialidades Ramiro Colleoni, à procura do imunizante. A saga acontece desde o fim de novembro. A resposta dos atendentes, diz, é que a AstraZeneca não se encontra disponível no estoque.
Eliane tomou a primeira dose dia 28 de agosto e relata que até hoje não conseguiu tomar a segunda dose com a mesma vacina. A aposentada sofre de problema no sistema nervoso e toma Gardenal para controlar as crises convulsivas, e a recomendação médica é tomar a mesma vacina da primeira dose.
“Pediram para que eu voltasse 90 dias depois da primeira aplicação, mas quando voltei não tinha (vacina) da AstraZeneca. Estou sem conseguir tomar a segunda dose desde novembro, está difícil”, relata.
Uma das soluções apresentadas na UBS (Unidade Básica de Saúde) São Jorge, outro local de peregrinação de Eliane, foi para tentar agendar a vacinação via Internet, mas a mesma relata ter difícil acesso à tecnologia. “Me mandaram tomar vacina lá, mas também só tinha Coronavac e Pfizer, então pediram pra eu agendar via internet, mas eu não consigo fazer isso”, diz.
Resposta Prefeitura
Em nota, a Prefeitura informa que o sistema de agendamentos para a aplicação das vacinas contra a covid-19 segue em funcionamento normal e a cidade conta com todos os imunizantes. A aplicação depende do imunizante enviado ao município pelo Ministério da Saúde e da orientação para a imunização do público específico, neste caso pode ser com AstraZeneca ou Pfizer.
A moradora pode se dirigir a qualquer unidade de saúde da cidade para esclarecer dúvidas e para orientações referentes ao agendamento, caso tenha dificuldades. Conforme orientação do Ministério, é preciso que o médico relate se ela tem alergia a algum componente do imunizante que não recomenda e discrimine qual é esse componente como justificativa da indicação por outro.