A cidade de São Paulo vem sofrendo com o aumento do atendimento a pacientes com sintomas de Covid-19 e Influenza. Na última quarta-feira (05), a Capital registrou 53 mil atendimentos nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), no Atendimento Médico Ambulatorial (AMAs) e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), serviços de entrada dos casos de síndromes respiratórias, conforme dados apresentados por Edson Aparecido, secretário municipal de Saúde de São Paulo, em entrevista ao RDtv, nesta sexta-feira (07). “Hoje a espera está, em média, 2 horas para obter atendimento. E nós adotamos um pacote de medidas para melhorar o serviço aos moradores”, afirma o secretário.
Para garantir o atendimento à população, a Capital efetuou a ampliação da mão-de-obra na rede municipal de saúde, com a contratação de 280 médicos, além de garantir pelo menos um destes profissionais em cada unidade de saúde com agenda aberta para consultas e realização das consultas já agendadas. A cidade também referenciou dois hospitais municipais, de Brasilândia e Guarapiranga, para atendimento exclusivo a pacientes confirmados de Covid-19 e Influenza que necessitam de internação, garantindo 600 leitos. Segundo Aparecido, São Paulo hoje conta com 37% dos leitos de UTI e enfermaria exclusivos para coronavírus ocupados, e 80% dos leitos de enfermaria para Influenza estão ocupados.
Outra medida adotada foi a ampliação dos dias de atendimento das UBSs. A partir deste sábado (08), todas as Unidades Básicas de Saúde da cidade passam a funcionar de segunda a sábado, das 7h às 17h. As AMAs seguem em funcionamento de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h. “Assim que sentir os sintomas, o paciente deve procurar atendimento. Para casos leves, procure as UBSs ou as AMAs, e em situações de emergência o paciente deve procurar uma das UPAs, para garantir avaliação, exames, tratamento e monitoramento dos casos”, afirma Aparecido. Mesmo com o aumento de casos confirmados de Covid-19 e Influenza, o número de internações na Capital segue estável.
Vacinação infantil
O secretário municipal de Saúde de São Paulo ainda ressaltou que a rede municipal de saúde está bem estruturada para realizar a vacinação das cerca de 1,3 milhões de crianças com idades entre 5 e 11 anos da cidade. “Nós temos corpo técnico extremamente competente e estrutura ampla e capilarizada, suficiente para atender toda a cidade e atingir a demanda”, explica.
Aparecido defendeu a eficácia dos imunizantes, importante instrumento de saúde pública que há muitos anos vem salvando vidas, e a importância de garantir a vacinação em crianças. A taxa de letalidade por Covid-19 entre crianças, comparado à letalidade em adultos e idosos, é baixa. “Mas quando comparamos a letalidade do coronavírus nos pequenos, referente à outras doenças respiratórias, identificamos que por coronavírus a incidência é muito maior, por isso precisamos garantir a imunização deste público”, finaliza.