
Um antigo transtorno para moradores dos bairros Jardim Yamberê e também do Jardim Inamar em Diadema, o terreno de 50 mil metros quadrados do DLU (Departamento de Limpeza Urbana) sofre transformação. O local onde é feito o transbordo do lixo recolhido na cidade, tinha pilhas de lixo há três anos, apresentava mau cheiro e risco de doenças para os vizinhos e trabalhadores irregulares que catavam materiais recicláveis na área. Hoje a realidade é outra, o transbordo é feito apenas no galpão e todo o terreno foi limpo, revitalizado e hoje tem até uma horta com produção de alimentos para os trabalhadores do local.
O secretário de Meio Ambiente e Serviços Urbanos, Wagner Feitoza diz que essa foi uma vitória para os trabalhadores e para os moradores do entorno, que além de não conviverem mais com as pilhas de lixo podem respirar mais aliviados. O terreno do lixão é cercado de moradias e os problemas de saúde eram comuns antes das mudanças promovidas este ano. “O terreno não era contaminado por metais pesados, porque ali eram empilhados materiais como madeira, ferro, tudo que não era lixo orgânico, limpamos tudo agora não tem mais aquele aspecto feio que dava para ver de longe, o com o terreno limpo os próprios funcionários implantaram a horta que agora já está produzindo alface, alho, cebolinha e beterraba. Tem uma área de barranco que nós vamos plantar melancia, e assim ajudamos a manter o terreno”, diz
O transbordo, ou seja, encaminhamento do material recolhido nas ruas para caminhões maiores, ainda é feito no local, mas somente dentro do galpão que foi totalmente reformado e a prefeitura quer dar uma boa destinação para o terreno. Os trabalhadores que catavam recicláveis irregularmente no local, foram inscritos em programas sociais e esse tipo de operação de reciclagem é feito apenas pelas cooperativas instaladas ao lado do galpão de transbordo. “Cerca de 150 pessoas trabalhavam irregularmente no local, antes era uma bagunça, entrava qualquer um, agora tem segurança e tudo é controlado e o principal, acabamos com aquela montanha de lixo”, comenta Feitoza.
Atualmente a horta ocupa 600 metros quadrados do terreno e a intenção é que chegue a 3 mil metros, com benefício não apenas para os trabalhadores do local como famílias carentes da cidade inscritas no Banco de Alimentos. “Atualmente apenas um funcionário trabalha na horta, mas com a ampliação vamos colocar mais dois para e implantar também uma área para plantio de ervas medicinais”, anuncia o secretário.
Ecopontos
A Prefeitura também inaugura mais ecopontos, onde a população pode descartar entulho, restos de construção e móveis velhos. Serão três novos equipamentos todos feitos em parceria com a iniciativa privada. Na terça-feira (7/12) foi inaugurado o primeiro no núcleo Nova Conquista, em parceria com a multinacional IMCD; na próxima semana será inaugurado o Ecoponto do Jardim Casa Grande, numa parceria com a Sabesp e em uma semana deve começar a obra do Ecoponto da avenida Maria Leonor, no Jardim Campanário, que é uma parceria com a Ecovias, já que o local fica sob o viaduto da Rodovia dos Imigrantes. Neste último serão construídos também no entorno um parque e uma pista de caminhada. “Pelos nossos estudos 20 pontos como este são suficientes para atender toda a cidade, com esses três chegaremos a 14 e até o final do mandato queremos alcançar essa meta”, prevê Feitoza.
Com bastante atraso a Prefeitura também deve implantar coleta seletiva de porta em porta em 2022 com a chegada de mais 12 caminhões de coleta de lixo e dois exclusivamente para a coleta de recicláveis. “A cidade chegou a ter no passado a coleta seletiva, mas na última gestão isso parou, agora vamos retomar”, diz.