A USCS (Universidade Municipal de São Caetano) participará do 1º Encontro de Latino-Americano de Faculdades de Arquitetura, na cidade colombiana de Medelín, entre os dias 13 e 15 de dezembro, promovido pela Universidade Nacional da Colômbia. A instituição é a única brasileira a ingressar no evento, que ainda reúne faculdades do Equador, Peru e Colômbia.
No encontro, a Universidade de São Caetano apresentará a dinâmica das cidades do ABC, com base na prática do Consórcio Intermunicipal da região, e os principais desafios dos municípios com relação à mobilidade urbana, habitação e espaços públicos de qualidade. O objetivo é buscar soluções acessíveis, por meio do debate entre as instituições.
Para o arquiteto Enio Moro, gestor do curso de Arquitetura e Urbanismo da USCS, as semelhanças entre os países, principalmente entre Medelín e o ABC permite o estudo de casos e sugestão de propostas entre as cidades. Diz que Medelín está à frente em algumas situações, principalmente relacionadas ao resgate da identidade. “Eles encontraram soluções para locomoção dos moradores, por exemplo, com a instalação de teleféricos, bem como deram utilidade aos espaços públicos – como as praças, padronizaram e garantiram acessibilidade de vias e passeios, planejaram espaços verdes, dentre outras ações”, explica Moro. Como resultado, a cidade colombiana obteve aumento da participação popular na utilização e cuidado dos equipamentos públicos, melhoria na segurança, limpeza das vias e qualidade de vida.
O Brasil também possui exemplos de intervenções em espaços públicos, que entram no radar da USCS durante a apresentação. “Nosso País ainda possui práticas modestas e executadas de forma incompleta, não encontrando identidade e uso correto dos espaços, por isso essa integração se torna tão importante”, afirma o arquiteto em entrevista ao RDTv.
Além de promover o encontro entre alunos e docentes de arquitetura da América Latina, o encontro resultará na elaboração de propostas pela USCS para o ABC. O objetivo é buscar ferramentas para que ações de melhorias do cenário urbano entrem na agenda de governo das sete cidades. “Com isso, trazer um ambiente mais acolhedor para a população e com políticas públicas mais viáveis e efetivas, que garantam bem-estar, qualidade de vida e evolução econômica na região”, completa.