São cada vez mais comuns problemas relacionados à bilhetagem eletrônica nas estações de trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). Na região os problemas não são diferentes, há máquinas desligadas e outras com problemas de funcionamento que favorecem a ação de atravessadores que vendem passagens na porta das estações, às vezes a preços mais caros do que o oficial. Procurada pela reportagem, a STM (Secretaria dos Transportes Metropolitanos) informou que fará melhorias nas máquinas de autoatendimento, mas não especificou em quando tempo os problemas estarão resolvidos.
Usuária do sistema, Eliana Cândido Silva, diz que quando as máquinas funcionam o problema são com os tíquetes emitidos nas máquinas com o QR Code, que são lidos com dificuldade pelos leitores nas catracas. “É uma impressão muito inferior que até ler na catraca atrasa e formam-se uma filas muito grandes, tem hora que a fila vai até o lado de fora da estação”, diz a moradora de Santo André que trabalha em São Caetano e às vezes opta pelo trem no lugar no ônibus para o trajeto.
Eliana também contou que as máquinas que emitem os tíquetes de embarque têm processamento lento e falho. “A gente tem a impressão que estamos lidando com um trambolho ultrapassado o que é muito complicado. Eu tenho costume, mas tem muita gente que não sabe usar máquinas. Os usuários do trem são, na maioria, trabalhadores e pessoas simples e muitos deles não sabem usar, geralmente só tem uma pessoa para ajudar e um monte de gente para atender”, contou.
A usuária S.B. também falou da dificuldade do sistema em ler o QR Code dos tíquetes emitidos nas máquinas. “Já cheguei a perder o trem por causa disso”, relatou. Esses problemas são comuns de ocorrerem quando os equipamentos estão em funcionamento, mas também é comum que as máquinas nem estejam funcionando o que deixa alguns passageiros sem opção senão comprar de vendedores ambulantes.
No caso das estações de São Caetano e Santo André ainda há bilheterias físicas para quem compra o bilhete em dinheiro, mas não são todas as estações em que há esse atendimento. A STM informou que a linha 10-Turquesa (Brás – Rio Grande da Serra) possui, em toda a sua extensão, 48 máquinas de autoatendimento e que todas as estações contam com as bilheterias tradicionais que também vendem os bilhetes digitais QR Code.
A secretaria também falou que está trabalhando para melhorar o serviço de autoatendimento. “Sobre a manutenção nas máquinas de autoatendimento, temos equipes treinadas e uma rede de suporte para evitar situações como essa. Temos uma monitoria intensificada para identificar preventivamente quando um ATM está com problemas. Além disso, estamos com melhorias no hardware do equipamento e novas atualizações para reduzir estes chamados” informou em nota a STM.