
Alexandre Baldy (PP) não é mais secretário estadual de Transportes Metropolitanos. O político teve seu pedido de demissão aceito pelo governador João Doria (PSDB) nesta segunda-feira (18/10). O agora ex-secretário foca em sua pré-campanha ao Senado por Goiás. Em seu lugar assume de maneira interina o então secretário-executivo da pasta, Paulo Galli.
“Alexandre Baldy foi competente, dedicado e inovador à frente da Secretaria de Transportes Metropolitanos. Deixa amigos e um grande legado com sua atuação”, afirmou Doria em nota divulgada pelo Governo do Estado.
“Gratidão por terem confiado em minha pessoa e conseguirmos entregar dignidade e respeito a milhões de trabalhadores que, diariamente, gastam tempo de suas vidas dentro da estrutura da STM. Foi em meio a minha gestão que passamos por um dos maiores desafios da humanidade, vencendo dia a dia na luta contra o coronavírus, sempre tomando atitudes pioneiras e copiadas dos demais sistemas de transportes sobre trilhos do mundo todo”, destacou Baldy em carta enviada a Doria e ao vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB).
Baldy estava no cargo desde 2019, logo de cara enfrentou a polêmica sobre o fim do projeto da linha 18-Bronze, o apelidado “Metrô do ABC”. No seu lugar anunciou o projeto do BRT-ABC e a inversão do projeto da linha 20-Rosa que chegaria na região apenas em uma segunda fase, mas que agora é pensada de maneira reversa e incluindo Santo André no roteiro, anteriormente a linha chegaria até São Bernardo.
Em agosto de 2020 chegou a ser preso pela força-tarefa da Lava Jato devido a suspeita de fraude em contratos envolvendo a área da Saúde ainda nos tempos em que atuava como deputado federal e ministro. Recebeu apoio de Doria e foi solto poucos dias depois. Retornou ao cargo e desde então se tornou mais discreto.
Nos últimos meses veio para o ABC para anunciar reforma em estações da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e para apresentar a ideia do BRT-ABC, sendo que o projeto executivo até o momento não foi apresentado.
Política
A saída antecipada de Baldy foi pedida pelo senador e atual ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, que preside o PP. O partido é cotado para receber o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o que torna a presença de Alexandre no governo Doria como inviável, pois desde o início da pandemia o tucano virou o principal opositor ao atual comandante do Governo Federal.