O DCE (Diretório Central de Estudantes) da UFABC (Universidade Federal do ABC) e a ARES ABC (Associação Regional de Estudantes Secundaristas do ABC) reuniram estudantes e secundaristas nesta terça-feira (13/7) para ocupar o campus da universidade em protesto contra a possibilidade de fechamento do equipamento a partir de cortes orçamentários promovidos pelo Governo Federal e também contra o presidente da república, Jair Bolsonaro (sem partido).

“Com 15 anos de existência, a UFABC está ameaçada de fechar ainda nesse ano, fruto dos mais de R$ 9 milhões cortados da verba anual e acompanhado do bloqueio de 14% dos recursos disponíveis e insuficientes. Conforme exposto pela pró-reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional da UFABC, nesse cenário a Universidade só possui orçamento para a manutenção das atividades até o final de outubro”, relata a nota do DCE.
Segundo a presidente do DCE, Laura Passarela: “Só os estudantes em luta e organizados podem barrar os cortes e fortalecer as mobilizações pela queda do Governo genocida de Bolsonaro”. Após o ato-concentração na UFABC os estudantes seguiram conjuntamente para o ato da Capital, marcado para 17h no Teatro Municipal, em São Paulo, para reivindicar além da defesa da educação pública, a vacinação universal, comida no prato e a queda desse governo da fome e do desemprego.
A situação da UFABC e de outras universidades federais começou a ser relatada a partir de maio quando a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) indicou os problemas financeiros que poderiam acabar no encerramento de suas atividades. Em 12 de maio, ao RDtv, o reitor Dácio Matheus também relatou sua preocupação com os cortes orçamentários que podem prejudicar a manutenção do prédio.
À época Matheus relatou que houve um corte orçamentário de 18,3% em todas as instituições federais. “Se comparado com 2020, é um rombo na conta”, salientou. No caso do ABC, até o Consórcio Intermunicipal foi chamado para ajudar na rede de convencimento que envolveu os 70 deputados federais paulistas. Apesar dos protestos, a preocupação com o encerramento das atividades segue.