
Com avanço da imunização contra a covid-19 no ABC, novos grupos de pessoas aptas a se vacinar são abertos. No entanto, à medida em que os anúncios são feitos, munícipes que já deveriam ter recebido a primeira dose acabam deixados para trás por falhas no sistema. É o caso de Solane Braga, de 47 anos, que tem tentado agendar vacina, desde que sua faixa etária passou a ser contemplada em São Caetano.
O município abriu o agendamento da 1ª dose da vacina contra a covid-19, para munícipes de 46 e 47 anos, no dia 24 de junho. Desde então, a moradora acessa o site disponibilizado pela Prefeitura para garantir o recebimento do imunizante. Entretanto, Solane teve problemas em realizar o processo. “Preencho todos os meus dados cadastrais mas, quando chega na parte em que devo ser informada sobre a data e o horário em que poderei tomar a vacina, ele fica indisponível”, relata.
Assim que constatou o problema, a munícipe entrou em contato com um posto de saúde para explicar a situação, e foi orientada a falar com o CISE (Centro Integrado de Saúde e Educação da Terceira Idade). Segundo Solane, ao ligar no CISE, um funcionário alegou que não havia nada que pudesse ser feito a respeito. Após os problemas, o agendamento para a sua faixa-etária foi encerrado e a mulher entrou em contato com a Prefeitura de São Caetano para tratar da situação, mas foi informada de que ninguém poderia ajudar sobre.
O agendamento para a sua faixa-etária foi reaberto em outras ocasiões, como no dia 26 de junho, quando contemplava moradores de 46 a 59 anos, e no dia 29 de junho, quando foi aberto para o grupo de 44 a 59 anos. Desde então, Solane realiza novas tentativas mas, até o momento, segue sem sucesso.
Conforme os agendamentos são abertos e fechados, o município anuncia aberturas para novos grupos que contemplam pessoas mais jovens. “Fico indignada com isso. E não é apenas comigo, só na minha rua tem outras três pessoas com o mesmo problema”, diz Solane, ao relatar o caso de vizinhas que, assim como ela, seguem sem a primeira dose do imunizante.
O RD questionou a Prefeitura de São Caetano sobre o caso mas não obteve retorno até o fechamento desta reportagem. (Colaborou Gustavo Lima)