Faculdades fecham as portas em Ribeirão Pires e Mauá

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Tanto a Fama (Faculdade de Mauá) como a Universidade Brasil (antiga Firp), em Ribeirão Pires, pertencentes ao Grupo Uniesp (União Nacional das Instituições de Ensino Superior Privadas), devem fechar as portas das instituições até o fim de julho. Com a medida, cerca de 1,3 mil alunos inscritos nos cerca de 15 cursos deverão seguir as aulas de forma remota, já no segundo semestre deste ano, quando serão agrupados aos demais alunos da rede.

A informação é de que todas as unidades presenciais do grupo vão fechar as portas definitivamente até dezembro de 2021, o que assusta funcionários ligados à instituição. “Estou na Firp há mais de 20 anos e agora não sabemos o que vai acontecer com a gente. Simplesmente soubemos a notícia pelo ‘disse me disse’ e agora estamos esperando que alguém venha explicar o que está acontecendo”, disse uma funcionária que preferiu não se identificar.

Funcionários alegam ainda que parte dos trabalhadores ligados ao Grupo Uniesp não tem recebido o 13º salário, pagamento que deveria ter ocorrido em 20 de dezembro, nem as férias de fim de ano. “Chegaram a reclamar na administração, mas parece que não resolveram”, salienta a funcionária.

Quem também se preocupa com a situação são os pais dos alunos matriculados no Sesi (Serviço Social da Indústria) de Ribeirão Pires, uma vez que os estudantes atualmente utilizam o espaço físico da antiga FIRP para assistir as aulas. “Tinham comentado que os alunos seriam transferidos para Mauá, mas depois não falaram mais nada pra gente, e a logística para mudar de cidade é grande”, diz o Eduardo Nascimento, pai de uma aluna matriculada no ensino fundamental.

Em fevereiro do ano passado, quando o Sesi anunciou o encerramento das atividades no prédio da Águida Tori Sortino, a assessoria enviou nota com a informação de que a escola permaneceria na cidade nos anos de 2020, 2021 e 2022, sendo que em 2023, a unidade que seria construída na Vila Vitória, em Mauá, acolheria os interessados em estudar na escola.

Em nota, o Sesi informou que o contrato que a FIRP tem com a escola continua vigente e que “não há alteração para os alunos”. Já o Grupo Uniesp, responsável pelas faculdades, não se manifestou sobre o assunto até o fechamento da reportagem.