
Após a passagem de Ailton Lima, o PSB em Santo André terá uma nova direção provisória a partir de quarta-feira (30/6). Fabrício França assume o comando da legenda levando consigo outros aliados do vereador Eduardo Leite (PT) para a direção. Apesar da aproximação com o parlamentar que tenta deixar do Partido dos Trabalhadores, França nega qualquer conversa e não vê uma possível filiação do petista como prioridade para o momento.
Além de Fabrício, a legenda terá outros aliados de Eduardo na direção. Márcia Garcia assumirá a Secretaria Geral, Kleber Paiva será o tesoureiro, Jairo Guimarães e Iara Sanches serão membros. A comissão será empossada com a presença do deputado estadual Caio França (PSB) e com o aval do ex-governador Márcio França (PSB).
Questionado sobre a possibilidade de filiação de Leite, Fabrício negou qualquer ação no curto prazo, mas não nega a vontade de ter o amigo ao seu lado na legenda. “Ele está com um processo judicial com o PT por conta de uma perseguição política, um processo que vai tramitar, que vai julgar. Quando ele terminar esse processo eu gostaria muito que ele estivesse conosco, mas por enquanto ele está cumprindo uma etapa que ele precisa cumprir”.
Eduardo Leite entrou na Justiça para pedir sua saída do PT, mas sem perder o cargo de vereador. Para isso justificou que sofreu perseguição política no partido por ter participado de um acordo na eleição da Mesa Diretora da Câmara de Santo André com a base aliada ao prefeito Paulo Serra (PSDB). Além disso, houve uma suspensão de 60 dias após ter elogiado o comando de Serra durante a pandemia em entrevista ao Diário do Grande ABC, fato que azedou a relação partidária de vez.
Conversa
Enquanto não há resultado na questão de Eduardo Leite, a nova direção do PSB visa conversar internamente com os seus integrantes para saber quais serão os caminhos da legenda na cidade tanto na política interna quanto nas pretensões por futuras candidaturas em 2022. Entre os principais pontos da conversa está a bancada socialista com Carlos Ferreira e Toninho Caiçara. Atualmente ambos tem uma atuação considerada independente, sem a criação de uma forte oposição ao governo.
Fabrício França não quer antecipar medidas antes de conversar com os integrantes do partido e definir as próximas ações, inclusive não houve qualquer orientação de Caio e Márcio França em relação ao futuro da legenda na cidade. Márcio é pré-candidato a governador, o que a princípio geraria problemas de aproximação com o governo tucano.