
Os casos de dengue aumentaram 23,21% no ABC no primeiro trimestre deste ano. Foram 138 registros da doença contra 112 no mesmo período do ano passado. Do total, 90 são autóctones (no próprio município) e 48 adquiridos em outra cidade (importados).
A médica sanitarista Maria de Lourdes Ascênsio, coordenadora da Vigilância Epidemiológica de São Caetano, salienta a importância da investigação detalhada da origem dos casos para identificar os possíveis locais de proliferação do mosquito.
Diz que as notificações de casos muitas vezes são maiores, mas não querem dizer que são os casos confirmados, atendemos também de outras cidades. “Este ano tem mais notificações, mas porque também tivemos mais casos ao redor e no litoral, talvez por isso tenham aumentado os confirmados”, comenta.
Zika e chikungunya
Ainda que os casos de dengue sejam os principais entre os infectados, a zika e chikungunya também são transmitidas pelo aedes aegypti. Neste sentido, São Bernardo e São Caetano registram dois casos importados de chikungunya.
Maria de Lourdes ressalta que apenas o exame sorológico é capaz de fazer o diagnóstico correto do paciente, mas o infectado deve se atentar aos diferentes sintomas apresentados. “No início são parecidos com todos os outros vírus, sempre tem febre, mau estar, dor no corpo, realmente pode ser qualquer coisa, mas quando é dengue, além da febre alta e aguda tem uma dor no corpo bastante intensa e pode ter manchas vermelhas no corpo, já as outras doenças o exame que vai diferenciar”, salienta.
Para a não proliferação da doença, a sanitarista diz que os cuidados são importantes e a responsabilidade é de todos. “Falando de São Caetano, o setor público toma conta das ruas, mas para a população em geral, uma vez por semana tem de olhar tudo e ver se algum lugar acumula água, pois pode ter algo que fica parado e não observamos a água parada”, completa.
Dengue nas cidades
São Bernardo teve aumento de casos autóctones de dengue neste ano, que registrou 51 infectados no primeiro trimestre contra 16 no mesmo período de 2020. Já os casos importados diminuíram, foram 18 registros contra 44 importados no ano passado. As ações de combate seguem mantidas na cidade e denúncias de foco do mosquito devem ser feitas pelo telefone 0800-195565.
Em São Caetano, o número de casos também aumentou no trimestre: nove registros autóctones neste ano e um em 2020. Nos casos importados, a cidade saltou de cinco no ano passado para 23 neste ano. A Prefeitura ressaltou que os agentes de controle de zoonoses realizam as atividades preconizadas no Plano Nacional de Controle do Aedes Aegypti. As denúncias devem ser realizadas pelo e-mail: ccz@saocatanodosul.sp.gov.br.
Casos de queda
Os casos de dengue diminuíram em Diadema. Neste ano foram 15 confirmados no trimestre, sendo oito autóctones e sete importados. De janeiro a março do ano passado, 20 casos foram confirmados, 11 autóctones e nove importados. As ações de combate seguem na cidade e denúncias devem ser realizadas pelos telefones 08007710963, 4057-7927 e 4059-5892
Santo André também teve queda nos casos de dengue, que passou de 18 casos autóctones em 2020 para 14 registros autóctones neste ano. As denúncias podem ser realizadas pelo telefone 0800-019-19 44, ou pelo aplicativo Colab.
Em Ribeirão Pires, oito casos autóctones foram registrados também no primeiro trimestre deste ano, o mesmo número de 2020. A cidade segue com as ações de combate, segundo a Prefeitura, e os munícipes podem realizar denúncias pelo telefone: 4824-3748