Durante muito tempo Saúde e Economia foram colocadas como antagonistas em tempos de pandemia do Covid-19, mas ambas sofreram com a situação. Durante o debate promovido pelo RDtv nesta terça-feira (6/4), o vereador de Santo André Márcio Colombo (PSDB), o secretário municipal de Saúde, Márcio Chaves, e o presidente da Acisa (Associação Comercial e Industrial de Santo André), Pedro Cia Jr., relataram as medidas necessárias para conseguir ajudar a todos neste momento. A conclusão é que falta uma política nacional que possa auxiliar aos que mais precisam.
Desde o início da crise sanitária houve a movimentação de municípios e estados para tentar apaziguar as consequências das necessárias medidas de distanciamento social, porém, as reclamações seguem, principalmente após o novo fechamento de boa parte do comércio devido ao aumento do número de casos, internações e óbitos em patamares muito acima dos vistos na segunda onda.
Para os debatedores não é possível que a crise seja amenizada sem uma ação nacional que consiga proteger as pessoas e assim emplacar as medidas sanitárias sem um prejuízo ainda maior na parte econômica.
“Não quero procurar culpados, mas temos que contextualizar o que eu acho que é um problema muito grande nosso. Sobre a testagem na Coreia do Sul (lembrado por Colombo), quem tomou a iniciativa? Como é que foi feito? Foi cada província que fez a testagem? Não, foi o governo central da Coreia do Sul que tomou a iniciativa de fazer a testagem e que deu o suporto para, por exemplo, viver o lockdown. Toda vez que se fala de um lockdown se fala de uma política central, uma política de transferência de renda a partir de uma política que garanta para qualquer empreendedor ou empresário a convivência com a crise, com o lockdown e isso só é possível de fazer em cima de uma diretriz nacional”, falou Márcio Chaves.
No Legislativo, Colombo tenta o caminho na busca de isenções em tributos para aqueles que não podem trabalhar na fase emergencial do Plano São Paulo que a princípio segue até o próximo domingo (11/4).
“Temos que buscar o que é justo, o que é certo. Não podemos tributar pessoas que estão impedidas de trabalhar. Se um empresário, o comerciante, o ambulante, o profissional liberal ficaram impedidos de fazer as suas funções, claro, em função da pandemia, é justo que ele tenha um mínimo de compensação”, disse o vereador que fez uma indicação neste sentido ao prefeito Paulo Serra (PSDB).
“Acreditamos na ciência, mas assim como todo o empreendedor de Santo André acreditamos na educação e no planejamento. Essas medidas de impedir o comerciante, o prestador de serviço de trabalhar deveriam ter vindo com algum tipo de ajuda não só do Governo do Estado, mas também do Governo Municipal, Governo Federal para mitigar essa situação do empresário. Tem que ter uma contrapartida da parte econômica”, completou Pedro Cia Jr.