Mandato coletivo quer maior participação popular em São Caetano

Se o domínio da política de São Caetano é dos homens ligados ao conservadorismo, o mandato coletivo do PSOL, Bruna Mulheres por Direitos, eleito para uma das vagas na Câmara quebrou este paradigma. Ao RDtv nesta quinta-feira (26/11) Bruna Biodi, Fernanda Gomes e Paula Aviles relataram seus objetivos no Legislativo, entre eles, a maior participação popular durante as sessões.

Paula, Bruna e Fernanda relataram que dificilmente haverá discordância no mandato, pois a harmonia ideológica existe no grupo (Foto: Divulgação)

Das sete cidades da região duas não contam com mecanismos para que os munícipes possam falar na tribuna sobre os problemas de seu bairro, Rio Grande da Serra e São Caetano, algo que as três integrantes do mandato coletivo colocam como uma das prioridades para o mandato que iniciará a partir de 1º de janeiro de 2021.

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“Isso é superimportante para nós essa questão da tribuna livre, é uma das nossas propostas por vivenciarmos os conselhos da cidade, as audiências públicas e perceber que em São Caetano existe uma cultura de não ouvir as pessoas, de não ouvir o munícipe, de barrar essa comunicação para barrar essa manifestação livre das pessoas”, explicou Paula.

Para que a participação dos munícipes não seja apenas um discurso, o trio quer promover a maior interação possível durante o mandato, algo que já ocorreu na campanha. “Apresentamos mais de 120 propostas, mas construímos isso de maneira coletiva, ouvimos quase 100 pessoas para formar as nossas prioridades e vamos manter isso neste mandato”, relatou Fernanda.

Outro ponto é tentar uma mudança no regimento interno da Casa para que as três possam participar normalmente das sessões, inclusive com a utilização da tribuna para discurso e debates dos projetos. Pela atual regra, apenas Bruna teria o direito de representatividade em plenário com Fernanda e Paula nas galerias assistindo os trabalhos.

Com 2.101 votos em uma campanha de pouco mais de R$ 6 mil em gastos, ambas consideram que o posicionamento, a escolha de um lado foi fundamental para conquistar uma das 19 cadeiras do Legislativo de São Caetano. E agora querem que isso reverbere ainda mais principalmente com a participação das mulheres.

“Vamos lutar pelos projetos na Câmara, queremos inclusive que tenha uma creche dentro do Legislativo para que seja permitida a participação das mulheres de uma melhor forma. Vamos colocar nosso nome para a disputa da presidência da Câmara, pois apresentamos o maior número de votos na oposição e vamos colocar isso, pois é importante para dar voz ao povo. Além disso, somos contra essa questão da reeleição para a presidência, é um absurdo”, completou Bruna.

Sobre a participação feminina, as três destacaram que o PSOL é um partido que criou mecanismos para que essa situação ocorra de maneira quantitativa e qualitativa, inclusive dando voz e vez para as mulheres na política, o que a princípio não se vê em todas as legendas devido a utilização da cota de 30% de um gênero como um formato para cumprir a lei sem a participação devida.

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