
Com a pandemia do novo coronavírus muitas famílias ficaram desempregadas e em situação de vulnerabilidade social. Com isso, os municípios lançaram mão do Cadastro Único para identificar as famílias mais carentes e repassar os alimentos arrecadados.
É o caso de Mauá, que entrega cestas básicas com a ação do SUAS (Sistema Único de Assistência Social), por meio do CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) e Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social). Os alimentos são destinados às famílias mediante avaliação técnica e em casos de agravamento de condições de vulnerabilidade social.
O mesmo ocorre com a entrega de produtos alimentícios agrícolas pela Secretaria de Segurança Alimentar que, trabalha com a política de segurança alimentar, ou seja, entrega continuada de alimentos para as famílias cadastradas.
Mauá possui sete unidades do CRAS, que atendem 5 mil famílias em situação de vulnerabilidade social. Ao todo, a proteção social básica do município possui como base a possibilidade de 35 mil famílias referenciadas e 7 mil famílias acompanhadas por ano.
Extrema pobreza
Ribeirão Pires realizou a distribuição de cestas básicas do programa Alimento Solidário do Governo do Estado, entre maio e junho deste ano para 3.300 famílias em extrema pobreza inscritas no Cadastro Único. Além disso, o município atende as famílias com alimento em caráter emergencial durante a pandemia.
As famílias que se encontram nessa situação podem procurar pelo CRAS de referência de seu bairro para serem atendidas por um/a técnico/a do equipamento, que fará a escuta e atenderá de acordo com a demanda apresentada, como a inclusão/atualização do Cadastro Único para ter acesso aos programas sociais. A ação, feita de março a setembro, disponibilizou 1.476 kits de alimentos.
A Fundo Social de Ribeirão Pires também promoveu campanha de arrecadação de alimentos e itens de higiene para auxiliar famílias em situação de maior vulnerabilidade social. Com a contribuição de moradores e empresas, a cidade arrecadou 6.523 cestas de alimentos e 2.592 itens de higiene/produtos de limpeza, para doação até dezembro. Famílias que não estejam nos critérios da ação do Fundo Social são encaminhadas aos CRAS da cidade.
Flávia Dotto, presidente do Fundo Social e primeira-dama, conta que desde o início da pandemia existem ações para garantir alimentos às famílias carentes e trabalhadores informais. “Arrecadamos cestas de alimentos, itens de higiene e produtos de limpeza que ajudaram a população. Os primeiros atendidos foram aqueles com idosos em casa para evitar contato da categoria com o vírus”, conta a presidente.
Lojas Solidárias
Santo André arrecada itens de alimentação e de higiene nas Lojas Solidárias, que são entregues às entidades assistenciais. No período de pandemia, a Prefeitura realizou doação de cerca de 25 mil cestas básicas, em parceria com o governo do Estado. As cestas foram entregues em comunidades, entidades assistenciais e para categorias como taxistas, ambulantes e motoristas de transporte escolar.
Como parte das iniciativas, foi criado um programa de entrega de kits de alimentação para os estudantes da rede municipal.As entregas começaram em março e acontecem mensalmente. A ação vai continuar até o retorno das aulas presenciais e até o momento já foram distribuídos cerca de 190 mil kits de alimentação do programa.
Já São Bernardo, por meio da Assistência Social, fornece cartões-alimentação, de forma permanente, para famílias com referenciamento e acompanhamento no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), com complemento de alimentos doados ao Banco de Alimentos do município. A cidade distribuiu cerca de 80 mil cestas de alimentos.
Foram contempladas famílias inseridas no CadÚnico, entidades sociais e segmentos econômicos mais impactados, como ambulantes, motoristas do transporte escolar, merendeiras, profissionais da limpeza, taxistas e motoristas de aplicativo. Em abril, a cidade implementou o cartão Merenda Solidária, no valor de R$ 85 por aluno matriculado na rede municipal de ensino.
O benefício será contínuo enquanto as aulas estiverem suspensas. Até o momento, já foram investidos R$ 49 milhões na ação, que, em outubro, chegou à sua 7ª recarga. Para garantir segurança alimentar neste período, o município também conta com o Bom Prato de Campanha no bairro Assunção, com oferta de almoços por R$ 1 para o público em geral.
Alimento Solidário
Em Diadema, há distribuição de cestas básicas por meio do programa estadual Ação Alimento Solidário. A primeira foi em junho, quando foram distribuídas 17.688 cestas básicas A segunda etapa incluiu 16 mil cestas, com início em setembro, na região Leste, seguida da região Sul, para famílias cadastradas no Cadastro Único, com perfil de extrema pobreza.
As famílias que se encontram em vulnerabilidade em consequência da pandemia ou outras situações eventuais podem procurar os serviços do CRAS, passar por acolhida e análise técnica para possíveis atendimentos.
As entregas são realizadas no Teatro Clara Nunes e a cidade organiza a distribuição por regiões, considerando o volume e logística para recebimento e estocagem, em períodos sequenciais, porém sem data exata definida. A Secretaria de Assistência Social e Cidadania tem realizado a divulgação via redes sociais, telefonemas e carta pra alcançar todas as famílias.
Diadema também realizou campanhas, drive-thru e outras doações espontâneas para atender a população, que resultou na entrega de 1.200 cestas e kits alimentares. Além disso, o município entrega, mensalmente, kits de alimentos para todos os alunos da rede municipal pelo Programa Aluno em Casa, Merenda na Mesa. Até o momento já foram entregues mais de 190 mil kits, segundo o Paço. (Colaboraram Ingrid Santos e Nathalie Oliveira)