A maioria dos vereadores de Mauá rejeitou nesta terça-feira (23), dois pedidos de impeachment contra o prefeito Atila Jacomussi (PSB) por suposto superfaturamento no contrato do hospital de campanha para o combate ao covid-19. Governistas consideram que o momento não seja o ideal para debater uma ação como essa, oposicionistas relembraram ações policiais na cidade durante a atual gestão.
Os pedidos de cassação foram feitos pelo pré-candidato a prefeito Mauro Roman (PRTB) e o vereador, e também pré-prefeiturável, Marcelo Oliveira (PT), ambas utilizaram das suspeitas do Ministério Público de supostos crimes praticados pelo prefeito em relação ao equipamento de saúde e que foram levadas à tona na semana passada após operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado).
Nas duas votações foram 14 votos contrários aos pedidos: Admir Jacomussi (Patriota); Cincinato Lourenço (PSB); Chico do Judô (PSD); Chiquinho do Zaíra (Avante); Gil Miranda (Republicanos); Joelson Alves, o Jotão (SD); Pastor José da Silva (Avante); Ivan Stella (PSB); Irmão Ozelito (PSC); Ricardinho da Enfermagem (PSB); Betinho Dragões (PL); Samuel Enfermeiro (PSB); Severino do MSTU (PL), e o líder de governo Vladmilson Garcia, o Bodinho (Patriota).
Votaram a favor do impeachment: Fernando Rubinelli (PTB); Helenildo Silva, o Tchacabum (PDT); José Wilson, o Melão (Cidadania); Professor Betinho (PSL); Adelto Cachorrão (Republicanos); e Sinvaldo Carteiro (PSL). Na primeira votação Marcelo Oliveira (PT) votou a favor, mas como foi o autor do segundo pedido acabou dando lugar ao suplente Paulo Eugênio (PT) que seguiu a linha do colega de partido.
Por impedimento do regimento interno do Legislativo o presidente da Casa, Vanderley Cavalcante, o Neycar (SD), não votou, assim como o vereador Manoel Lopes (DEM) que não foi para a sessão por ser do grupo de risco em relação ao coronavírus.
Discursos
Durante o debate os governistas defenderam que “não é o momento para debater um processo de impeachment” e consideraram que nenhum dos pedidos tinham embasamento para prosseguir na Casa. Enquanto isso os oposicionistas relembraram as ações do Gaeco, na semana passada, e as duas operações da Polícia Federal, em 2018, sendo em que uma delas acabou causando a cassação de Atila em abril do ano passado por vacância do cargo e revertida cinco meses depois por decisão judicial.
Negado e Aprovado
Na ordem do dia também houve a rejeição dos requerimentos pedindo a criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para averiguar as denúncias na área da Saúde. Porém, a comissão do acompanhamento do combate ao covid-19 foi aprovada pela maioria dos parlamentares.