Em plena pandemia, a falta de entregas de encomendas por parte dos Correios fez com que se formassem filas quilométricas e, consequentemente, aglomeração de pessoas na central de distribuição de Diadema. A cena foi registrada pela munícipe Vera Lúcia Sousa, que, apesar de pagar o frete, não recebeu seus pedidos em casa. Segundo a moradora, a empresa alega que a área onde ela reside é considerada de risco, mesmo com uma base da polícia militar em frente à sua casa.
Apesar das medidas de isolamento social, diversos moradores da cidade precisaram se dirigir até a agência, localizada na avenida Sete de Setembro, número 486, no centro de Diadema, para retirar encomendas que não chegaram até as suas casas. “Um absurdo, porque o consumidor paga o frete e não entregam nada, mandam ir até lá”, diz a aposentada, que enfrentou fila na unidade.
A munícipe ainda afirma que havia cerca de 100 pessoas na fila e o álcool em gel disponibilizado pela central foi insuficiente. “Tinha apenas um frasco vazio. É um absurdo”, ressalta. A moradora completa que mora próximo a uma base da polícia e mesmo assim os Correios alegam que a região é de risco, por isso não realizam as entregas. “Faz aproximadamente seis anos que não recebemos nada aqui, mesmo com o pagamento do frete”, conta.
Questionados, os Correios informaram que, em atenção à saúde de seus empregados, uma das medidas adotadas pelos foi a instituição de trabalho remoto para aqueles do grupo de risco, por isso, houve significativo decréscimo no efetivo da empresa e, consequentemente, dificuldades para a execução de suas operações.
Ao mesmo tempo, desde a instituição das medidas de isolamento social, a empresa diz que houve aumento do tráfego de encomendas, o que demandou mais dos poucos funcionários que ainda atuam presencialmente. Ainda segundo a empresa, as unidades têm controlado o fluxo de atendimento e organizado os clientes de acordo com a distância recomendada. A fila se deve, sobretudo, ao grande número de encomendas que necessitam ser retiradas.
“Os Correios lamentam eventuais transtornos, mas reiteram que durante esse período de adversidade, estão trabalhando para viabilizar, com segurança, a continuidade de suas atividades”, finaliza.