Os deputados estaduais Coronel Nishikawa (PSL), Luiz Fernando Teixeira (PT) e Thiago Auricchio (PL) foram surpreendidos nesta segunda-feira (20), com a decisão do prefeito de Diadema, Lauro Michels (PL), de flexibilizar a quarentena na cidade a partir da próxima quinta-feira (23). Cada um criticou em algum ponto a medida, variando em críticas pontuais até o desejo de judicializar a situação.

Teixeira considera que a ação pretendida pelo diademense é “criminosa”. “Todos sabem que o Lauro desmontou a Saúde em Diadema, todos sabem. Não podemos aceitar isso, não podemos. Amanhã (terça-feira, 21) vou entrar com uma ação para impedir esse tipo de situação que foi causada por um prefeito que caiu na pressão de meia dúzia de bolsonaristas”.
Nishikawa não considera que Lauro tenha caído em uma pressão bolsonarista. Defensor de um início de flexibilização, o parlamentar do PSL só não considera que a abertura de salões de cabelereiro, um dos setores ditos por Michels, seja o ideal. “Não dá para dizer se é uma decisão acertada ou não, mas existem pessoas que estão passando por dificuldades e essa é a consequência ruim desse coronavírus”.
Surpreso, Thiago quer conversar com Michels para tentar reverter a situação. “Considero que até a Frente Parlamentar de defesa aos municípios do ABC pode se posicionar e procurar o prefeito Lauro para revisar essa decisão. Tem que pensar melhor nessa situação”, salientou.
Lauro Michels anunciou que publicará na próxima quarta-feira (22), um decreto falando sobre quais estabelecimentos vão abrir a partir de quinta na cidade. A ideia da Prefeitura é fazer com que serviços que não gerem aglomeração possam retornar desde que todos utilizem máscaras para proteção.
Doria
O governador João Doria planeja anunciar também na quarta-feira medidas de flexibilização que valerão a partir de 11 de maio. Luiz Fernando considera que tal ideia é ruim, pois considera que o pico da doença só acontecerá no final do quinto mês do ano e que o foco do Governo do Estado seja emplacar medidas socioeconômicas para ajudar as pessoas mais pobres.
Nishikawa concordou com o petista sobre as medidas para os mais pobres, mas defendeu uma flexibilização gradual levando em conta o cenário epidemiológico e também os setores que conseguem fazer uma maior proteção para que a doença não se espalhe.
Thiago Auricchio espera que o cenário de casos confirmados e óbitos possa confirmar que a medida pensada por Doria seja acertada. Mas ainda quer aguardar. Além disso, o parlamentar salientou que duvida que qualquer medida seja tomada sem orientação cientifica.