O superintendente da Craisa (Companhia regional de abastecimento integrado de Santo André), Reinaldo Messias, garantiu o abastecimento normal no ABC durante a crise do novo coronavírus. Em contrapartida, alertou que, se a população comprar mais do que o necessário neste período, os preços podem subir e, eventualmente, faltar produtos nas prateleiras devido à grande demanda.
Em entrevista ao RDtv, Reinaldo explicou sobre os poucos produtos que podem ter o abastecimento comprometido nos estabelecimentos da região. “Pode acontecer a falta de alguns produtos, como frutas nobres, por exemplo, devido ao momento difícil de transação de navios. Mas nenhum item alimentício essencial”, conta. Além disso, o superintendente informa que os mercados de flores e peixes ornamentais foram suspensos. “O único ponto que mudamos nas concessionárias dos Ceasas foi restringir estes produtos que não são essenciais”, afirma.
Devido à preocupação das pessoas em acabar os produtos nas prateleiras dos mercados, a demanda aumentou significativamente nos mercados, fato que, segundo Reinaldo, não há de afetar a Craisa (Companhia regional de abastecimento integrado de Santo André), pois contam um plano de aumento no abastecimento, caso seja necessário. “Temos a capacidade de elevar de 30% a 40% o abastecimento na região se for preciso. Se depender do ABC, não falta produtos essenciais para ninguém”, relata.
Sobre o funcionamento das unidades da Craisa (Companhia regional de abastecimento integrado de Santo André), Messias diz que o horário é flexível justamente para não haver aglomerações. “O varejo funciona das 8h às 21h e o atacado das 22h até 12h. Horário amplo para que não haja tumultos”, diz. Cuidados básicos como manter a distância de no mínimo 1 metro de outras pessoas e passar álcool em gel nas mãos após ter contato com produtos também é recomendado pela entidade.
Com a aproximação da semana santa, muitos católicos se preocupam com a compra do peixe, prato de tradição da época para os religiosos. O superintendente garante o alimento nos estoques. “Com certeza não vamos ter nenhuma interferência em relação a peixes, bacalhau, congelados etc”, afirma.
Já a respeito da retomada parcial das feiras livres em Santo André, o profissional conta que os cuidados necessários estão sob decreto e o feirante que descumprir tais recomendações será suspenso. “Apenas as barracas de produtos alimentícios estão funcionando, todas com 1m de distância cada, sempre com fiscalização”, descreve.
Além das prevenções, tendas de pit stop foram disponibilizadas em feiras do ABC com profissionais da saúde para a conscientização da população que é predominantemente idosa, para aferição de febre, disponibilização de álcool em gel e orientações.