
O Sindicato dos Funcionários da Saúde na região (SindSaúde ABC) convocou para esta sexta-feira (13) greve dos colaboradores do Hospital da Mulher, em Santo André. A medida foi tomada após insucessos nas negociações do reajuste salarial da categoria no equipamento, em reunião com a Fundação do ABC (FUABC) e a Secretaria Municipal de Saúde para dar solução ao caso.
A carta de aviso da greve foi protocolada junto a direção da FUABC na última terça-feira (10). “A insatisfação é grande no Hospital da Mulher, assim como em todas as unidades vinculadas à Fundação do ABC, pela falta de compromisso da FUABC e prefeituras em honrar as convenções coletivas de trabalho celebradas com o sindicato”, explica.
Segundo o sindicato, não houve reajuste nos salários e benefícios nos últimos cinco anos e que as perdas salariais ultrapassaram os 20%. A ata da reunião entre a direção do SindSaúde ABC, Fundação do ABC e o secretário de Saúde de Santo André, Márcio Chaves, mostra que Chaves afirmou que pela conjunta econômica do País não teria como fazer uma proposta maior.
A última contraproposta que não foi cumprida, segundo o sindicato, apresentava reajuste de 5,07% retroativo para janeiro, também reajustes nos vales alimentação e refeição a partir de 1º de outubro de 2019, e pagamento do reajuste retroativo dos salários de maio a dezembro do ano passado e com o 13º salário incluído.
Segundo Almir Rogério da Silva, o Mizito, presidente do SindSaúde ABC, será realizada nesta sexta-feira , às 7h, assembleia com os funcionários do Hospital da Mulher para acertar as diretrizes da greve. Às 9h, haverá nova reunião com Márcio Chaves e a direção da Fundação do ABC para tentar entrar em consenso sobre as negociações. A expectativa é que novas explicações sejam dadas sobre os reajustes e as condições do trabalho. Não foi divulgada quanto se espera de participação.
“Temos problemas em outros hospitais e equipamentos mantidos pela Fundação do ABC, inclusive recebemos uma série de pedidos de greve por causa disso. Além disso, temos problemas em outros hospitais que não são mantidos pela Fundação, como o Hospital Itacolomy, em São Bernardo. Mas o nosso principal foco é resolver essa questão da Fundação e do Hospital da Mulher”, explica o sindicalista.
Ainda sobre o Hospital da Mulher funcionários também realizaram outra série de denúncias sobre o dia a dia de trabalho e outras situações que também serão alvos dos protestos desta sexta-feira.