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A Polícia Civil já está em poder de uma arma que teria sido utilizada por Juliano e Jonathan Ramos, para render a família Gonçalves, no dia 28 de janeiro deste ano, quando os empresários Homoyuki e Flaviana Gonçalves foram mortos juntamente com o filho Juan Victor. Os três tiveram os corpos carbonizados no carro da família que foi incendiado na estrada do Montanhão, em São Bernardo. Além dos dois irmãos, estão presos ainda Carina Ramos, prima dos dois acusados e companheira de Ana Flávia Gonçalves, filha mais velha da família assassinada, que também está presa. A polícia ainda tem sob custódia Guilherme Ramos.
A advogada Alessandra Jirardi, que defende Juliano e Jonathan, aguardava uma posição da polícia e do Ministério Público sobre seu pedido de colaboração premiada, que em uma eventual condenação poderia aliviar a pena dos dois investigados que confessam o crime. Em troca ela apresentaria a arma. A apreensão aconteceu na última sexta-feira (06/03), com a orientação da defensora, que colheu as informações sobre a localização com os dois rapazes e depois informou os policiais do Deic (Departamento de Investigações Criminais) de São Bernardo.
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A informação dava conta de que a arma – que na verdade é pistola airsoft, que se assemelha muito a uma arma de fogo – estava escondida em um matagal atrás de um ponto de ônibus na rua Mico Leão Dourado, na Vila Luzita, em Santo André. O artefato estava enrolado em uma flanela amarela. A arma foi encontrada exatamente como os irmãos informaram a advogada.
A arma, segundo o depoimento dos dois irmãos presos, teria sido usada para golpear as vítimas na cabeça, visto que o laudo necroscópico inicial apontou lesões na cabeça. O delegado Ronald Quene Marques, determinou a apreensão do objeto e o relacionou ao inquérito que apura o triplo homicídio. O delegado também pediu a perícia no objeto para descobrir se há impressões digitais e vestígios de DNA, no formato de sangue, fios de cabelo ou pele das vítimas que poderiam estar aderidos ao objeto.
Armas tipo Airsoft são vendidas livremente na internet. A única diferença visual entre estas armas e as armas de fogo verdadeiras são anéis de cores laranja, verde ou amarela na extremidade do cano, porém isso pode ser facilmente removido ou pintado na cor do restante do artefato. Pistolas como esta são livremente anunciadas na internet a preços entre R$ 170 e R$ 1.500.
Reconstituição
A apreensão da arma que teria sido usada no crime acontece poucos dias antes da reconstituição do crime, que está marcada para quinta-feira (12/03), às 9hs, na casa da família, no Jardim Irene, em Santo André. No dia será feita a encenação da participação de cada um no crime, segundo os depoimentos. Para os advogados de defesa, a dramatização será importante para estabelecer o papel de cada um na ação criminosa.
Ana Flávia e Carina, inicialmente negaram a participação no crime, depois acabaram confessando que combinaram com os irmãos e com Guilherme a ação criminosa com a intenção de roubar R$ 85 mil que a família teria em um cofre e seria fruto de uma herança. Elas negam que a intenção era matar a família. Já os outros três disseram que a intenção era invadir a casa para roubar e, como não encontraram o dinheiro, perguntaram às mulheres o que fariam com as vítimas. Segundo os depoimentos dos três rapazes presos a ordem de matar partiu de Carina e Ana Flávia concordou. Jonathan ainda disse que Carina teria matado Flaviana e o filho usando um fio de carregador de celular. Os cinco cumprem prisão temporária.
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