Otimismo é a palavra que move o comércio. Sem este sentimento não teríamos mais lojas nas ruas. A crise aperta de um lado, os comerciantes se comprometem a vencer a dificuldade e saem por outro lado e assim vão levando. É certo que muitos reduziram a margem de lucro e tiveram de ajustar suas estruturas, o que muitas vezes significa redução do quadro de funcionários, mas sempre que há uma data importante voltam a chamar pessoal, ainda que temporário, para dar conta de atender aos clientes. Assim está o espírito de Carnaval nas lojas especializadas que esperam vender 15% mais.
Apesar de a região não ter desfiles oficiais, as festas e os bailes nos clubes prometem fazer com que os foliões consumam bastante. Há expectativa de que muitos moradores da região sigam para a Capital para participarem dos bloquinhos de rua. Isto é, lá ou cá, o consumidor vai sair em busca de fantasias e adereços para fazer bonito seja na avenida ou no salão.
Os lojistas têm mesmo de aproveitar esse momento porque a próxima data comemorativa no calendário é a Páscoa, que é mais voltada aos chocolates e outros gêneros alimentícios. Depois desta data só em maio as lojas voltam a se preparar para as vendas do Dia das Mães, uma das principais do ano.
E é assim; renovam-se as esperanças a cada data que vive o comércio, que é o gatilho da economia, o primeiro a sofrer com a crise e o primeiro também a se erguer. Aos poucos o choro pela crise vai ficando de lado. Depois dos fabricantes de lenços terem ganhado dinheiro se aproveitando da choradeira, agora é a vez de quem vende fantasia ganhar dinheiro, como também já estão faturando os bazares com a venda de itens escolares.
E nosso comércio de rua continua firme, mata mais do que um leão por dia, enfrenta as vendas on-line e oferece preço e variedade. O espírito otimista não muda e pode ser visto em toda parte, no grande varejista e no vendedor de rua que, ao primeiro pingo, troca o amendoim torrado por capa e guarda-chuva. O importante é vender.