
Ingresso na faculdade, casamento, novo trabalho, independência financeira. Muitos são os motivos que impulsionam a procura por um imóvel próprio. Ter um espaço para chamar de seu é o sonho da maioria das pessoas, no entanto esse desejo pode acabar frustrado se alguns cuidados não forem levados em consideração no fechamento do negócio.
Além das preferências pessoais, é preciso analisar as características relacionadas ao imóvel, como acabamento e estrutura, a fim de evitar dores de cabeça e prejuízos futuros. Quer saber como escolher o lar ideal? Veja cinco dicas de especialistas do setor:
1 – Conheça o imóvel
Pesquisou e encontrou o anúncio com as especificações desejadas? Agora vem uma das partes mais importantes: visitar e ter o primeiro contato presencial com o local escolhido. Nesta visita, devem ser observados alguns pontos essenciais, como o ano da construção, o estado do imóvel e a necessidade ou não de reparos.
De acordo com Cezar Augusto, sócio-diretor da Construtora Silva Campos, a visita de reconhecimento deve ser criteriosa para que nenhum detalhe passe despercebido aos olhos do interessado. “Não basta se apaixonar pelo local, é necessário avaliar o imóvel como um todo e dar extrema atenção para a inspeção inicial, isto é, verificar a estrutura do espaço, a condição do material que foi utilizado para a construção etc para identificar os possíveis reparos necessários, principalmente os hidráulicos”, comenta.
Para a sócia proprietária da imobiliária A Casa 7, Natacha Martínez Ferrera, os interessados devem ficar atentos ao estado de conservação geral. “Na medida do possível, se for comprar o imóvel, solicitar uma inspeção profissional de um arquiteto ou engenheiro sobre a estrutura, situação hidráulica e elétrica do imóvel. Se for alugar, é imprescindível fazer uma vistoria inicial”, instrui.
2 – Compare os preços
Após ter a certeza de que aquele local está dentro das preferências, é preciso fazer comparativos com imóveis similares para saber se o valor pedido está de acordo com o praticado na região. Além de fazer a pesquisa de preços, é importante que o imóvel se adeque à rotina de vida de cada pessoa, mesmo que isso encareça um pouco mais nas contas.
“O erro mais comum das pessoas é optarem por morar em locais mais econômicos, que geralmente são distantes do trabalho e da escola dos filhos. Assim, não fazem um levantamento prévio dos gastos que terão como um todo e, no final do mês, acabam gastando mais do que desembolsariam morando mais próximo dos endereços de rotina”, ressalta Gustavo Andrade, sócio proprietário da BWM Negócios Imobiliários.
3 – Busque por serviços agregados
A seleção do imóvel fica ainda mais criteriosa quando envolve as necessidades pessoais de cada integrante da família. Área de lazer, churrasqueira, espaço pet, portaria e segurança, estes são alguns dos principais serviços que devem fazer parte do checklist da família na hora de escolher um imóvel.
“Esses diferenciais são importantes para a qualidade de vida das famílias porque promovem acessibilidade, momentos de descontração e união entre os integrantes. A procura por imóveis com esses serviços agregados tem uma demanda crescente”, diz Cezar Augusto, da Construtora Silva Campos.
4 – Privilegie a localização
A escolha da região é parte fundamental do processo de busca pelo imóvel certo. É imprescindível que uma análise do bairro seja realizada, em especial, para se obter informações a respeito dos serviços disponíveis nas proximidades, como é a “fama” do local, as principais vias e acesso, trânsito e pontos de transporte público. Assim, é possível determinar as projeções para os próximos anos, se é um bom local para se investir e se a segurança do imóvel será efetiva.
“A pressa pela mudança é tão grande que, muitas vezes, as pessoas compram o imóvel sem pesquisar como funciona o bairro e se ele é seguro. Optam por casas de rua e não em condomínios, por exemplo, e passam por situações de risco e falha de segurança. Logo depois, querem se mudar para outro lugar”, pontua Gustavo Andrade, da BWM.
5 – Avalie prós e contras
Em qualquer situação, seja a aquisição de um imóvel novo ou antigo, é necessário fazer anotações com os prós e contras daquele bem, para ver se o negócio vale mesmo a pena. É preciso considerar que essa decisão requer planejamento, pois envolve diversos processos burocráticos, que podem ser facilitados pelo intermédio de uma imobiliária, assim como demanda grandes aportes de recursos financeiros.
De acordo com Natacha Ferrera, da A Casa 7, é recomendado montar uma relação que deverá incluir as seguintes responsabilidades:
- Análise documental: Faça um estudo detalhado dos documentos do imóvel. Esta etapa é extremamente importante para ter a certeza de que o seu patrimônio não está comprometido com ações judiciais e, lógico, se o imóvel pertence ao vendedor de fato.
- Estrutura do imóvel: O ideal é solicitar um parecer de um arquiteto ou engenheiro, no caso de imóvel antigo. Se o local for novo, as próprias construtoras fazem uma vistoria de entrega que deve ser aceita pelo comprador, além de todas os prazos de garantias legais que estão previstos contratualmente.
- Saúde financeira: Entenda as necessidades do dia a dia e, se necessário, invista um pouco mais em imóveis que vão atender as demandas pessoais. Mas procure manter as contas equilibradas para não economizar muito de início e acabar tendo de desembolsar com reformas. Estude a proposta de venda ou locação e veja se é realmente interessante.