Em busca de apoio do Poder Público dos sete municípios, o presidente da empresa Lara, Daniel Sindicic, foi até o Consórcio Intermunicipal Grande ABC, nesta terça-feira (14), para tratar sobre o projeto de instalar uma usina (Unidade de Recuperação Energética – URE) para a produção de biogás a partir do lixo recolhido e depositado em seu aterro, em Mauá.
O investimento será de R$ 900 milhões e a expectativa é que fique pronta em três anos contando do início da instalação. O apoio dos prefeitos para o investimento 100% privado é visto por Sindicic com importante visando as próximas etapas para o projeto como a reunião com o Conselho Estadual do Meio Amiente (Consema).
“Esse projeto só foi possível, pois esse grupo formado por esse Consórcio traz o apoio para que esse projeto aconteça. Esse projeto é estratégico, pois a maioria dos aterros do Estado de São Paulo estão se esgotando e se não tomarmos uma iniciativa em poucos anos se tornará cada vez mais caro a gestão de resíduos sólidos no Estado de São Paulo”, explicou.
Engenheiro de formação, Daniel Sindicic, explicou que a maioria dos aterros no estado devem ter capacidade para receber resíduos por no máximo cinco anos. O aterro da Lara em Mauá já existe há três décadas.
A unidade vai incinerar o lixo e utilizará o gás para gerar energia elétrica. Atualmente a Lara recebe em seu aterro 3 mil toneladas de lixo. A ideia é utilizar uma tecnologia com base no que já é utilizado na Alemanha, mas com um adendo, o processo de secagem natural do lixo. No caso da concessão de todas as autorizações necessárias a URE-Mauá será a segunda do estado, a primeira está localizada em Barueri (ainda em fase de construção).
Na região a Prefeitura de Santo André iniciou os primeiros debates sobre a instalação de um equipamento parecido na cidade. Em São Bernardo, o projeto foi feito, mas depois cancelado com o fim do contrato entre a Prefeitura e o Consórcio SBC-VR que era o responsável pela limpeza pública do município. O rompimento ocorreu em 2017.
No caso são-bernardense existia até a localização para a usina, o terreno do extinto lixão do Alvarenga. O equipamento seria uma das compensações realizadas no local que ao lado receberia uma praça, tudo para atender o TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) assinado pelas prefeituras de São Bernardo e Diadema.