O primeiro turno das eleições municipais acontece em 4 de outubro, porém, em Mauá, a história sobre o pleito será contada a partir de 9 de maio de 2018, quando começou a maior crise política na cidade, assunto que virou pauta obrigatória durante os primeiros momentos da pré-eleição, em 2019, e que será utilizada (pela maioria) durante a campanha deste ano.
Principal alvo da polêmica, o prefeito Atila Jacomussi (PSB) adotou a estratégia de transparência junto a população, realizando diversas audiências públicas denominadas “Olho no Olho” para tratar dos mais diversos assuntos, e até mesmo das duas prisões após as deflagrações das operações Prato Feito (maio/2018) e Trato Feito (dezembro/2018), fora o impeachment aprovado em abril de 2019 e revertida em setembro.
Outro nome da novela política mauaense é a vice-prefeita Alaíde Damo (MDB). Após o rompimento com o clã Jacomussi, a emedebista adotou uma postura de “nova gestão” as suas três passagens pelo comando do Paço. Em 2019, adotou o nome Dona Alaíde e desde que deixou a Prefeitura circula pelo município mostrando os problemas e falando das soluções que deu durante sua gestão.
Apesar disso, ainda existe a expectativa para que a representante do MDB e do clã Damo nas urnas seja a ex-deputada Vanessa. De volta ao partido, a ex-parlamentar terá papel importante na organização dos emedebistas na região, mas aguarda posição política para cravar ou não uma candidatura neste ano.
Enquanto isso, o PT tenta emplacar a unificação em torno do nome do vereador Marcelo Oliveira que é seu pré-candidato a prefeito. O ex-chefe do Executivo Oswaldo Dias (PT) será o vice. De todo os petistas apenas um grupo ainda não está completamente fechado com o nome de Oliveira, é o grupo de Paulo Eugênio que ainda tenta emplacar seu nome na disputa pelo comando do Paço.
O PSDB apostará no nome do empresário José Roberto Lourencini como seu pré-candidato, com a ideia de emplacar um “não político” na disputa em Mauá. O juiz João Veríssimo (PSD) é outro que também entrou na disputa pré-eleitoral, do mesmo jeito que Ronaldo Pedrosa (PP).
Ainda existe a expectativa em torno do nome de Paulo Barthasar (sem partido). O ex-secretário era cotado para ser o nome do PSL na disputa, mas os problemas internos no diretório municipal e o racha do grupo do presidente Jair Bolsonaro com o de Luciano Bivar deixaram a situação como uma incógnita, principalmente com a possibilidade da criação ou não para este ano do partido Aliança pelo Brasil (APB).