
A notícia de que a Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos estuda a mudança no traçado da linha 20-Rosa, entre o ABC e a Lapa, na Capital, surpreendeu o Consórcio Intermunicipal do ABC. O Relatório de Expansão, Obras e Modernização do Metrô, publicado em novembro, mostra que está em estudo a ligação do bairro paulistano com a Estação Prefeito Saladino, em Santo André, e não com o bairro Rudge Ramos, em São Bernardo, como foi anunciado em julho.
Depois do Governo do Estado ter decretado o fim do monotrilho da linha 18-Bronze, em julho, com o anúncio de que o trajeto seria feito por ônibus em corredor exclusivo, no sistema BRT, essa nova informação da linha 20 vai desencadear novas discussões dentro do GT (Grupo de Trabalho) de Mobilidade do colegiado de prefeitos.
O secretário executivo do Consórcio, Edgard Brandão, confirma que essa alteração no projeto não foi discutida com os prefeitos, tampouco a entidade estava sabendo desta mudança. “Essa questão não foi discutida no GT, nem nas assembleias com os prefeitos. O que nos foi passado, quando do fim do monotrilho foi que a linha passaria perto das divisas de Santo André até o Rudge Ramos, o que não é muito longe. Agora a Secretaria (de Transportes Metropolitanos) vai ter que se posicionar a respeito”, disse Brandão.
Apesar da não comunicação ao Consórcio, Brandão avalia que a alternativa para a Estação Prefeito Saladino, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) é viável e faz até mais sentido do que o Rudge Ramos. “Me parece que é uma conversa antiga que estão retomando e tem até mais sentido porque ali há um terminal de ônibus que serve linhas intermunicipais. É uma opção bem localizada e que traz uma boa logística”, diz o secretário executivo.
A entidade regional, se a mudança da linha 20-Rosa se concretizar, terá que reavaliar um projeto que já está quase pronto que é o de requalificação dos corredores de ônibus, que já sofreu com o fim do monotrilho da linha 18. “Esses corredores eram interligados ao traçado da linha 18. Agora vamos pautar essa nova mudança no GT de Mobilidade”, finalizou.
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Confira a íntegra do estudo: