Em Santo André cães ficam abandonados após dona morrer

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Uma casa da rua Anos Dourados, no Jardim Alzira Franco II, em Santo André, segue há três meses com cachorros desnutridos e adoentados, que perambulam pelas redondezas da residência, que pertencia a uma senhora que morreu.

A munícipe Paula Santos, que mora próximo à casa, conta que vizinhos já alertaram o Centro de Controle de Zoonoses de Santo André, que teria alegado não ter condições de resgatar os animais porque o local está superlotado.

“Além dos cachorros latirem muito de noite e defecarem na rua, vários deles estão doentes, com sarna e carrapato. Isto coloca a saúde de todos em risco e a Prefeitura não faz nada. Algumas pessoas ameaçam até envenenar os bichinhos”, conta Paula.

Além dos animais que permanecem na rua, há também os que estão presos na residência. Segundo a moradora, há quatro cadelas prenhas. “A senhora que faleceu morava com o sobrinho, que continua na casa, mas fala que não tem condições de cuidar dos cães”, afirma.

Procurada, a Prefeitura informou que a Gerência de Controle de Zoonoses (GCZ) segue o determinado pela portaria do Ministério da Saúde GM 1.138/2014, que estabelece que o recolhimento de animais se dá apenas com justificativa epidemiológica (doenças zoonóticas como raiva, por exemplo, ou notificações de mordeduras por animais não observáveis). Desde 2008, com a Lei 12.916/2008, o serviço de recolhimento de animais conhecido como “carrocinha” foi proibido no estado de São Paulo.

De qualquer forma, o munícipe pode abrir um chamado de averiguação de maus tratos através do telefone 0800 019 1944, para que uma equipe da GCZ verifique a situação no local e, se necessário, autue o responsável. A Gerência de Controle de Zoonoses pode encaminhar o caso à delegacia responsável para formação do inquérito criminal por abandono e maus tratos.