Completar 30 anos de história é, com certeza, motivo de comemoração. Quando a história é de superação de obstáculos, premiações e reconhecimento como um dos maiores nomes da dança no ABC, as razões para celebração só aumentam. No caso do Ballet Aramaçan, a comemoração vai ser da forma que o grupo mais entende e gosta: com dança no palco. O Ballet se apresenta no Teatro Municipal de Santo André neste fim de semana, com dois espetáculos, que mobilizam 165 alunos após vários meses de ensaios.
No sábado (14), bailarinos interpretam a história das três décadas da companhia e, no domingo (15), é a vez do grupo de três a 14 anos, que apresenta o clássico O Mágico de Oz. Para Silvia Sitta, que faz parte do projeto desde o início, ver o ballet completar 30 anos traz sentimento de realização e felicidade. Apesar de frequentar o Aramaçan desde a infância, a bailarina conta que não esperava que fosse se tornar professora, oportunidade que surgiu com um convite. “Eu nunca imaginei fazer parte. Hoje, me sinto honrada e muito orgulhosa pela trajetória”, diz.
Quem vê uma história tão duradoura, não imagina que, no início, o grupo enfrentou muitas dificuldades para se consolidar dentro e fora do clube, com desconfiança dos associados e por parte da diretoria, que não tinha certeza que aulas de ballet clássico chamariam a atenção dentro de um espaço cujo foco principal era o futebol. “Confesso que, no começo, foi bem difícil. A dança não fazia parte da tradição do clube, mas aos poucos as alunas se aproximaram e o ballet cresceu”, conta.
Entre 2005 e 2008, o Ballet Aramaçan chegou até mesmo a participar do Festival de Dança de Joinville, Santa Catarina, um dos mais importantes do Brasil e do mundo, que conta com presença apenas das melhores companhias de dança, escolhidas por meio de comissão avaliadora. Atualmente, com maior público cativo e tradição, a professora conta que as pessoas se sentem mais atraídas a assistir os espetáculos promovidos, principalmente os infantis.
Em conjunto com as professoras Camila Dias e Talitha Santos, Silvia busca histórias que possam ser interpretadas na coreografia e que chamem a atenção mesmo do público que não tem tanta aproximação com dança clássica. A fórmula tem dado certo e o balanço é positivo tanto com os alunos, que entram no mundo de imaginação e se entregam para as histórias contadas, quanto com a audiência, que lota cada vez mais as apresentações. “A cada ano a gente tem um pouquinho mais de gente nos assistindo. É trabalhoso, mas tem sido eficaz”, afirma.
Em 2020, a expectativa do grupo é de crescer mais. Novos espetáculos ainda não foram programados, mas a bailarina afirma que a procura de pessoas que desejam integrar o ballet só cresce, presságio positivo para novas montagens e inspirações. “Eu acredito que a gente só tenha a crescer e se consolidar cada vez mais”, completa.
Os ingressos para as apresentações de 30 anos do Ballet Aramaçan custam R$ 20 (inteira) e ficam disponíveis na bilheteria do Teatro Municipal de Santo André uma hora antes do espetáculo. No sábado, a coreografia em homenagem à história do grupo será apresentada às 17h e, no domingo, a apresentação do Mágico de Oz começa às 15h30. A classificação para os espetáculos é livre. (Colaborou Leticia Vasconcelos)
Serviço – Ballet Aramaçan no Teatro Municipal – sábado (14) às 17h – 30 anos do Ballet Aramaçan; e domingo (15) – O Mágico de Oz. Ingressos R$ 20 na bilheteria do teatro, 1h antes das apresentações.