A Câmara de Diadema promoveu nesta quinta-feira (21), a primeira discussão sobre o Plano de Obras para o próximo ano. Estimado em R$ 115,5 milhões, o projeto do prefeito Lauro Michels (PV) gerou debates entre os vereadores. Enquanto oposicionistas reclamavam das repetições de investimentos apresentados em versões anteriores, governistas consideram que é necessário uma propositura mais “conservadora”.
Entre os principais pontos divergências estão as duas obras na área da Saúde. A primeira é a construção do Pronto Atendimento Infantil (PAI). Promessa de campanha de Michels ainda em sua primeira gestão, o projeto consta na maior parte dos planos de obras desde o aprovado para o ano de 2014.
O segundo é a construção de “um novo prédio” para receber o Hospital Municipal na esquina da rua Oriente Monti e avenida Alda, na região central. Orçada em R$ 45 milhões, o projeto visa reformar o prédio do Hospital Diadema para realizar adaptações para receber o equipamento que pretende substituir o atual hospital localizado no bairro Piraporinha.
No caso do Hospital Municipal, a Prefeitura aguarda ajuda do Ministério da Saúde para que a verba seja disponibilizada. Esse é o segundo projeto para um novo HM, o primeiro estava orçado em R$ 124,5 milhões e seria construído em terreno no bairro Vila Nogueira.
“Este hospital infantil (PAI) já virou pai e se não for feito vai virar avô, depois bisavô, depois tataravô. Só podemos ironizar uma situação como essa. Infelizmente nos últimos anos eu votei para aprovar os planos de obras, mas acabei participando de algo que não foi feito para a população. Dessa vez não vou tomar essa atitude”, disse o vereador Josa Queiroz (PT).
Ronaldo Lacerda (PT) bateu no fato do valor estimado para as obras ser 29% menor do que o apresentado pelo governo para este ano. “São as mesmas promessas, o mesmo texto, é um copia e cola, não tem muita novidade a não ser pequenas reformas em escolas e não sabemos se vai sair ou não”.
Márcio Jr. (PV) foi o governista que tentou justificar o projeto protocolado por Lauro Michels. Segundo o verde, a situação econômica do Brasil forçou a Prefeitura a apresentar um projeto mais “conservador”. “No ano que vem teremos emendas que serão enviadas pelos deputados estaduais e federais, e sabemos que vamos ter novos investimentos. Se não foi possível cumprir algo do plano de obras anterior, então o prefeito está certo em colocar novamente no próximo plano”.
O Plano de Obras será votado em conjunto com o Orçamento do próximo ano. A expectativa é que tal fato ocorra em duas semanas.