O jornalista George Garcia, do Repórter Diário, foi um dos profissionais do periódico na cobertura da chegada de Lula a São Bernardo. Posicionado no 3° andar do prédio para registrar vídeos e fotos, o profissional foi abordado por três homens inicialmente, que tentaram retirá-lo do prédio à força, alegando ser ele “um jornalista de direita”, que “ali não era ambiente para ele” e que ele “sabia porque estava sendo retirado”. Puxões pelo braço e tentativa de imobilizá-lo além de agressões verbais aconteceram naquele momento quando outras pessoas se juntaram aos três homens inquirindo o profissional que tentava se explicar que apenas fazia o seu trabalho de forma isenta.
Profissionais de imprensa tiveram muita dificuldade para realizar o trabalho
Enquanto algumas autoridades, parlamentares e sindicalistas tiveram livre acesso ao segundo andar do prédio do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, os jornalistas que estavam lá para cobrir o evento tiveram muita dificuldade para desempenhar seu trabalho por conta da imensa quantidade de pessoas. Os profissionais de imprensa não tiveram acesso ao espaço das autoridades. Lula e pessoas mais próximas almoçaram no próprio sindicato.
Confusão cessou após interferência de diretor sindical
A situação entre militantes e o jornalista só não chegou às vias de fato porque o diretor sindical Wellington Damasceno interveio. Representante do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, José Roberto Souza, também saiu em defesa do profissional. Os militantes diziam ter visto um homem com características semelhantes ao jornalista que havia feito postagens contra o presidente Lula. As postagens em rede social logo foram desvinculadas ao jornalista que, enfim, conseguiu realizar seu trabalho. A assessoria de imprensa do sindicato, lamentou o ocorrido e sustentou que “o sindicato repudia totalmente esta atitude. Quando o diretor viu o que estava acontecendo agiu deforma a preservar o trabalho e a integridade (do profissional)”.
Milhares de pessoas acompanham discurso de Lula em São Bernardo
O ex-presidente Lula nem bem havia feito 24 horas em liberdade e já estava em seu segundo discurso, o primeiro foi em Curitiba (PR) ao ser liberado da carceragem da Polícia Federal e o segundo aconteceu neste sábado (09/11) em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, entidade que ele presidiu e é seu berço político. Milhares de pessoas acompanharam o pronunciamento de cerca de meia hora. “Aqui eu fiz curso de teoria política, neste prédio eu aprendi muita coisa”, disse o petista em caminhão de som estacionado em frente à sede da entidade.
Ansiedade para ver o líder político atraiu pessoas de todos os estados
Militantes petistas de todas as partes do país estiveram em São Bernardo para acompanhar o pronunciamento do ex-presidente Lula, liberado da carceragem da PF na sexta-feira (08/11). A infraestrutura disponibilizada para o público, novamente, a exemplo de abril de 2018 não foi suficiente para abrigar tantas pessoas. A situação era de pessoas espremidas umas contra as outras na tentativa de chegar perto do ídolo, o que fez com que várias pessoas passassem mal e precisassem de socorro médico.